Joice Hasselmann é acusada de ‘fake news’ e bolsonaristas comemoram

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-bolsonarista, está sendo acusada de ter seu próprio esquema de produção e disseminação de ‘fake news’.

A CNN Brasil afirma ter tido acesso a gravações em que funcionário da parlamentar dizem que eram orientados a criar contas falsas em redes sociais. A deputada afirma que as denúncias são “requentadas”.

Nos depoimentos os funcionários explicam como eram dadas as orientações. “Serviços que eram prestados para Joice eram sempre montagem de vídeos, criação de narrativas, notícia falsa sem saber se, era de fato, verdadeira”, afirmou um funcionário.

O deputado Eduardo Bolsonaro, ex-aliado, compartilhou trechos da reportagem que atinge Joice Hasselmann com denúncias muito parecidas com as que pesam contra ele e seus irmãos.

“Na reportagem da CNN, ex-funcionário de Joice Hassellmann afirma que ela usava verba pública pra atacar adversários (como eu) com fake news, usando até mecanismos de burlar CPFs para concluir a farsa. Exatamente o que ela nos acusa e NUNCA provou, agora há provas contra ela.”

Economia

Joice rebateu também pelo Twitter:

“Acabo de assistir a denúncia patética e mentirosa da @CNNBrasil (a mando do governo) que usou montagens para simular conversas com “assessores” meus. Na super denúncia aparecem dois “assessores” mascarados, no escuro falando uma sequência de mentiras ensaiadas.”

A deputada acusa a CNN de estar agindo a mando da clã bolsonarista:

“Agora fico pensando: pq q @CNNBrasil entrou numa furada dessas? Sabe que será processada pq a notícia é falsa, qualquer idiota enxerga isso! Então o que tem por trás disso? Já estão ganhando o #BolsaPano? Já assumiram ser chapa branca? Vou levantar qto da SECOM está pingando lá.”

O assunto está rendendo nas redes sociais. No Twitter, os bolsoanristas levantaram uma hashtag maldosa chamada #GabineteDaPeppa.

Com informações da CNN Brasil.

Trump “comunista” disse que EUA teriam 2,5 milhões de mortos por Covid-19 se tivessem agido como Brasil

Segundo bolsonaristas, o presidente dos EUA Donald Trump virou “comunista” após criticar seu colega Jair Bolsonaro.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (5) que seu país poderia ter tido 2,5 milhões de mortos por coronavírus se tivesse agido como o Brasil.

Por causa da declaração do presidente americano, o “gabinete do ódio” bolsonarista não perdeu a chance de rotulá-lo de “comunista” nas redes sociais. O assunto é um dos mais discutidos desta tarde no Twitter.

“Acho que todos acreditam que o mínimo que seríamos atingidos, como eles dizem… Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia, que também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido um milhão, um milhão e meio, talvez dois milhões e meio de vidas ou até mais”, disse Trump.

A fala do presidente americano teve forte impacto nos meios sanitários e político brasileiro. O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) fez questão de registrar:

“Trump acaba de dar uma forte pancada em Bolsonaro! Disse que, se tivesse agido como o Brasil, os EUA chegariam a 2,5 milhões de mortos. Até o aliado de Bolsonaro reconhece a desgraça que é o governo! Bolsonaro envergonha o Brasil. Precisamos voltar a ser um bom exemplo pro mundo”, afirmou o parlamentar socialista.

O Brasil chegou a terceiro país com mais mortes no mundo 79 dias depois do registro da primeira vítima da Covid-19, em 17 de março. O país acumula 34.021 vidas perdidas durante a pandemia e está atrás apenas do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Nesta sexta, são 621.877 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, segundo as secretarias de saúde e o Ministério da Saúde.

Assista ao trecho da fala de Trump:

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Bolsonaro diz que manifestantes pró-democracia são ‘marginais, terroristas, desocupados e maconheiros’

Em discurso nesta sexta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que os manifestantes dos atos pró-democracia são “marginais, terroristas, desocupados e maconheiros”.

“Estamos assistindo agora grupos de marginais terroristas querendo se movimentar para quebrar o Brasil. Esses marginais fizeram uma ação em São Paulo. Esses terroristas voltaram logo depois para alguma ação em Curitiba. Estão nos ameaçando”, afirmou o presidente durante a inauguração de um hospital de campanha para infectados com o novo coronavírus em Águas Lindas de Goiás (GO).

“Tenho certeza, Caiado [em referência ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM)], que se vierem aqui você vai tratar com a dureza das leis que eles merecem. Geralmente são marginais, terroristas, maconheiros, desocupados”, completou Bolsonaro.

Os atos pró-democracia, marcados para acontecer no próximo domingo (7) em todo o país, são uma resposta a manifestações de apoiadores do governo, que fazem reivindicações ilegais e antidemocráticas, como o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).