Congresso entra na guerra de números e fará contagem paralela dos casos e das mortes da Covid-19

Uma subcomissão mista de Senadores e Deputados foi criada para fazer uma contagem paralela do número de casos e óbitos da pandemia de Coronavírus no Brasil e comparar com os dados oficiais divulgados pelo governo federal.

A iniciativa é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no âmbito da comissão mista que acompanha a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à pandemia da covid-19.

A subcomissão será composta de quatro senadores e quatro deputados, com igual número de suplentes. Randolfe foi movido pelos constantes atrasos na divulgação de dados epidemiológicos sobre a pandemia, em especial após Eduardo Pazuello assumir a pasta, observou no requerimento.

O ápice do problema foi o retardo para a divulgação, para as 22h, a mudança na totalização das mortes e a retirada do ar, no dia 5 de junho, dos dados acumulados desde o início da pandemia.

Segundo Randolfe, “houve uma injustificável mudança na prática adotada pelo Ministério da Saúde no que tange à divulgação dos dados referentes à pandemia decorrente do novo coronavírus, não havendo razão alguma para que a divulgação dos números seja tardia, principalmente num momento em há um aumento expressivo de óbitos por dia”.

A retenção das informações inviabiliza o acompanhamento do avanço da covid-19 no Brasil, além de atrasar a correta implantação de política pública sanitária de controle e prevenção da doença, opinou.

Economia

“Por isso, é urgente que esta comissão mista crie, em caráter de urgência, um sistema paralelo de contagem de casos e óbitos causados pela pandemia do novo coronavírus no Brasil. Com isso, poderemos comparar nossos dados com os oficiais divulgados pelo governo federal. Só assim, poderemos ter certeza da real situação da pandemia que assola nosso Brasil”, justificou Randolfe.

O fato é que o governo Bolsonaro tentou maquiar os números da pandemia e continua com o discurso de que há exagero no número de mortes por Covid-19.

Com informações da Agência Senado

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Um medicamento barato e amplamente disponível chamado dexametasona pode ajudar a salvar a vida de pacientes graves da Covid-19.

Seu uso levou a uma redução em um terço no risco de morte para pacientes respirando com a ajuda de respiradores. Para quem demanda oxigenação, reduziu as mortes em um quinto.

Na pesquisa, liderada por uma equipe da Universidade de Oxford na Inglaterra, cerca de 2 mil pacientes hospitalizados receberam dexametasona e foram comparados com mais de 4 mil que não receberam o medicamento.

Este é o maior teste do mundo com tratamentos existentes para verificar quais funcionam contra o coronavírus.

Para pacientes em respiradores, ele reduziu o risco de morte de 40% para 28%. Para pacientes que precisam de oxigênio, reduziu o risco de morte de 25% para 20%.

O pesquisador Peter Horby disse: “Este é o único medicamento até agora que demonstrou reduzir a mortalidade – e a reduz significativamente. É um grande avanço”.

“Há um benefício claro. O tratamento é de até 10 dias de dexametasona e custa cerca de 5 libras (equivalente a aproximadamente R$ 35) por paciente. Portanto, basicamente custa 35 libras para salvar uma vida (R$ 350). E este é um medicamento disponível globalmente”.

Os médicos alertam que quando apropriado, os pacientes hospitalares devem receber o tratamento sem demora, mas fez um alerta: as pessoas não devem sair para comprá-lo e tomar em casa.

As informações são da BBC.

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A autorização para o uso de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com coronavírus foi suspensa nos Estados Unidos. A decisão foi tomada pelo FDA, órgão americano equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta segunda-feira (15).

Os medicamentos foram liberados de forma emergencial ainda no começo da pandemia no país, a partir de um pedido de urgência feito pelo presidente Donald Trump. Já a revogação agora ocorre após o FDA rever estudos internacionais sobre o uso das substâncias.

Segundo o portal Metrópoles, o documento divulgado pelo órgão americano indica que o uso do remédio “não parece produzir nenhum efeito antiviral” e “não mostrou benefícios na mortalidade, diminuição de tempo de internação ou necessidade de ventilação mecânica em pacientes com Covid-19”.

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O uso do fármaco foi recomendado pelo presidente Jair Bolsonaro e defendido por seu governo, que determinou ao Exército a fabricação de grande quantidade de cloroquina.

Entidades médicas e científicas do Brasil não recomendaram o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19.