O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) insinuou nesta quarta-feira (3) que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), vai para a prisão.
Após ouvir críticas de um apoiador na porta do Palácio da Alvorada sobre o governador do Rio, Bolsonaro disse: “Eu não vou conversar com o Witzel. Até porque brevemente já sabe onde ele deve estar, né?”.
Adversário político de Bolsonaro, o governador fluminense foi alvo no final do mês passado da Operação Placebo, conduzida por policiais federais de Brasília, que investiga suspeitas de desvios na Saúde do Rio para ações na pandemia de coronavírus.
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Antes disso, outros apoiadores também já haviam criticados os governadores da Bahia, Rui Costa (PT), Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e do Pará, Helder Barbalho (MDB). Bolsonaro disse, então, que não tem poder de resolver tudo.
“Sou um sozinho. É um grande sistema que a gente tem pela frente, mas vai chegar um tempo que vai passar o limite de muita gente”, afirmou o presidente.
Em outro momento, Bolsonaro afirmou que prefeitos e governadores também precisam ser cobrados.
“Tem governador, tem prefeito. Vocês votaram nesses caras também. Não vou falar o que tem que fazer. É duro fazer, vota com boa fé e o cara faz besteira muitas vezes. Estou ouvindo aqui, pode deixar que não vai ser deletado da minha cabeça nada, não. Mas eu não posso resolver tudo”, disse.
O presidente ainda criticou o “populismo”:
“O povo vai se conscientizando sobre o que está acontecendo no Brasil. Acabar com esse oba-oba de acreditar no populismo, votar no cara bonitinho, o mentiroso de sempre”.
Assista ao vídeo:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.