Aceno de Witzel a Bolsonaro é amor impossível, dizem aliados do presidente

Aliados do presidente Jair Bolsonaro dizem que o aceno do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), é um amor impossível após troca de insultos com o mandatário do Palácio do Planalto.

Após sofrer operação da Polícia Federal, Witzel acusou Bolsonaro de interferir nas investigações.

Há duas semanas, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do governador fluminense.

Wilson Witzel afrouxou o sutiã durante uma entrevista na Rádio BandNews FM ao levantar uma bandeira branca e afirmar que esperava retomar o diálogo com Bolsonaro, citando como exemplo questões como o Regime de Recuperação Fiscal.

Os filhos do presidente da República, no entanto, já fizeram chegar ao governador do Rio que esse aceno de Witzel a Bolsonaro é um amor impossível.

A piscadela do governador do RJ para Bolsonaro ocorreu no exato momento, nesta semana, que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), decidiu acatar um dos 11 pedidos de impeachment contra Wilson Witzel.

Economia

Note o caríssimo leitor que o ódio dos Bolsonaro em relação a Witzel extrapolou a política, por isso é um amor impossível, como dizem familiares e aliados do presidente da República. Tanto é isso que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), foi paparicado por Bolsonaro no fim de semana.

Em março passado, o governador de Goiás xingou o presidente de “ignorante” em meio à crise da pandemia do coronavírus. Por trás da discussão, aparentemente sobre os rumos do enfrentamento do vírus, tinha uma questão política: a demissão do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pupilo de Caiado.

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Carlos Bolsonaro é alvo de pedido de cassação na Câmara de Vereadores do Rio

O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro recebeu nesta segunda-feira (8) um pedido de cassação do mandato de Carlos Bolsonaro, vereador pelo Republicanos e filho do presidente Jair Bolsonaro.

Apesar de ser vereador no Rio, Carluxo opera de Brasília o chamado “gabineto do ódio”, uma rede de sites e perfis falsos nas redes sociais para atacar opositores do governo Bolsonaro.

O documento, assinado pelo vereador Leonel Brizola Neto (PSOL), indica que Carlos ignora o decoro parlamentar nas suas manifestações.

O pedido cita o exemplo de quando Carlos sugeriu que Brizola “queima ou cheira” ou ainda quando acusou vereadores do PSOL de usarem drogas.

“Carlos Bolsonaro, como o pai, não está preocupado com o sofrimento do povo. Tudo que faz nas sessões é criar confusões, xingar os colegas e atrapalhar o andamento dos trabalhos”, argumentou Brizola.

O Conselho de Ética ainda não decidiu a data para examinar o pedido.