UBES adia congresso por causa da pandemia e elege diretoria provisória

Uma nova direção provisória irá conduzir a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas pelo próximo período, até que seja possível realizar com segurança o 43º Congresso da entidade.

Essa foi a deliberação da Diretoria Plena da entidade em reunião virtual nesta quinta-feira (6/5), considerando a gravidade do momento atual e a responsabilidade dos estudantes com a vida da população.

A urgência de saúde pública criada pelo novo coronavírus colocou o movimento estudantil em uma situação inédita. Enquanto o presidente da República ainda participava de aglomerações, os secundaristas logo adiaram o 43º Congresso da UBES, que aconteceria de 30 de abril a 3 de maio e elegeria uma nova direção para a entidade.

Para criar saídas a esta situação institucional, a Diretoria Plena, composta por estudantes de diversos estados, se reuniu virtualmente nesta quinta e avaliou que a saúde deve ser a maior prioridade neste período.

Ao reafirmar a defesa do isolamento social, da suspensão das aulas e do adiamento do Enem, os secundaristas consideraram não haver data segura para realização do 43º CONUBES neste momento.

A previsão é que o Congresso da UBES aconteça no segundo semestre de 2021, com a realização de um novo Conselho Nacional de Entidades Gerais até o fim do ano.

Economia

A direção destacou ainda a importância do isolamento social, da bolsa merenda, do auxílio emergencial às famílias e do adiamento do Enem, medidas defendidas pelos secundaristas desde a chegada do novo coronavírus ao Brasil.

As informações são da UBES.

Weintraub veta negociação de Bolsonaro com centrão no MEC e abre nova crise

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, vetou uma indicação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na pasta.

Segundo a coluna Radar, da revista Veja, estava tudo combinado e acertado com o centrão para que um cupincha da banda fisiológica do Congresso, apadrinhado por Ciro Nogueira, do PP, assumisse o comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que administra 58 bilhões de reais. Weintraub, no entanto, teria vetado o nome do indicado no estilo “ou ele ou eu”.

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A ala militar do Planalto está tentando contornar a crise, destaca a coluna.

Veja como seria uma ‘versão sincera’ da propaganda do Enem

O ministro da falta de Educação, Abraham Weintraub, insiste em manter o calendário do Enem apesar da pandemia de Coronavírus.

As provas físicas estão previstas, inicialmente, para 1º e 8 de novembro. A fase digital, para 22 e 29 de novembro.

Weintraub e o governo Bolsonaro ignoram que boa parte dos estudantes não têm como seguir se preparando para os exames durante o isolamento social.

Por isso, as entidades estudantes e um bom número de parlamentares são contra a manutenção do calendário.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) compartilhou o que seria uma versão sincera da propaganda do Enem e escreve:

“A versão sincera da propaganda do governo que ignora a dificuldade de grande parte da população de manter os estudos no meio de uma pandemia, sem aula, sem internet, sem computador….  O brazil precisa conhecer o brasil!#ADIAENEM”

Abaixo a propaganda original do governo:

Essa é a diferença da inclusão para a “meritocracia”.

Enem: Apesar da pandemia, Weintraub confirma calendário do exame

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a afirmar na terça-feira (5) a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem-2020). As provas físicas estão previstas, inicialmente, para 1º e 8 de novembro. A fase digital, para 22 e 29 de novembro, conforme divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pela elaboração do Enem.

Ao confirmar o calendário do Enem, Weintraub foi ao Twitter convocar os estudantes para as provas. “Não desistam, estudam”, escreveu na rede social.

Weintraub argumenta que adiar o exame para março ou abril de 2021, por exemplo, significar “perder um ano”. “Eles querem é acabar com as expectativas de cinco milhões de brasileiros”, disse.

Defensores do adiamento do Enem, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, argumentam que há disparidade educacional no Brasil, com diversos alunos sem acesso à internet, o que dificulta um ensino igualitário, entre outros pontos.

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“E quem não tinha (internet) em 2015, 16? Demos recurso para as escolas terem internet”, respondeu o ministro, provocando políticos de esquerda e entidades da área educacional que defendem a proposta de adiamento do Enem-2020.

A posição de Weintraub, um militante de extrema-direita, segue a mesma linha discursiva do presidente Jair Bolsonaro, que é contra o distanciamento social e de minimização dos efeitos da pandemia do coronavírus no país.