Sede da PGR ganha novo nome: Procuradoria-Geral “do Bolsonaro”

A sede da Procuradoria-Geral da República foi alvo de pichação na madrugada deste sábado (30). A placa do órgão foi rebatizada para Procuradoria-Geral do Bolsonaro.

O protesto foi pela atuação tendenciosa de Augusto Aras que age para proteger o presidente Bolsonaro e o gabinete do ódio nas investigações do Supremo Tribunal Federal.

A pichação foi limpada pela manhã, mas o registro ficou. A PGR publicou uma nota repudiando o “vandalismo”:

“A Procuradoria-Geral da República repudia o ato de vandalismo contra sua sede, que já se encontra em investigação para responsabilização civil e criminal quanto ao ato que danificou patrimônio público.”

“As medidas de reforço na segurança das unidades de todo o país serão tomadas com a maior rapidez possível; bem como as demais medidas administrativas que se fizerem necessárias”.

Bolsonaro condecora acusador e acusado: Augusto Aras e Abraham Weintraub

Bolsonaro resolveu agradar quem pode “ferrar” com seu desgoverno e os “puxa-sacos” mais exemplares. Para isso, o presidente lançou mão da Ordem do Mérito Naval.

Economia

Foram condecorados o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o ministro da falta de Educação, Abraham Weintraub.

Ou seja, receberam o agrado o responsável por acusar os possíveis crimes do presidente e dos ministros, além do ministro que claramente injuriou os membros do Supremo Tribunal Federal.

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Leia o trecho do decreto publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira:

“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, inciso XXI, da Constituição, tendo em vista o disposto no art. 12 e no art. 29 do Regulamento da Ordem do Mérito Naval, aprovado pelo Decreto nº 3.400, de 3 de abril de 2000, e na qualidade de Grão-Mestre da Ordem do Mérito Naval, resolve:

ADMITIR, no Quadro Suplementar da Ordem do Mérito Naval, no grau de Grande Oficial, as seguintes personalidades civis:

  • ABRAHAM BRAGANÇA DE VASCONCELLOS WEINTRAUB, Ministro de Estado da Educação;
  • MARCELO HENRIQUE TEIXEIRA DIAS, Ministro de Estado do Turismo;
  • JORGE ANTONIO DE OLIVEIRA FRANCISCO, Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República;
  • ANTÔNIO AUGUSTO BRANDÃO DE ARAS, Procurador-Geral da República;
  • FRANCISCO PLÍNIO VALÉRIO TOMAZ, Senador da República;
  • CARLOS EDUARDO TORRES GOMES, Senador da República;
  • IRAJÁ SILVESTRE FILHO, Senador da República;
  • HELIO FERNANDO BARBOSA LOPES, Deputado Federal;
  • JOZIEL FERREIRA CARLOS, Deputado Federal;
  • LUIZ PHILIPPE DE ORLEANS E BRAGANÇA, Deputado Federal;
  • LUIZ ARMANDO SCHROEDER REIS, Deputado Federal;
  • ANDRÉ ARANHA CORRÊA DO LAGO, Embaixador;
  • MARIA ELISA TEÓFILO DE LUNA, Embaixadora;
  • MANUEL INNOCÊNCIO DE LACERDA SANTOS JUNIOR, Embaixador;
  • RONALDO COSTA FILHO, Embaixador;
  • TARCISIO DE LIMA FERREIRA FERNANDES COSTA, Embaixador;
  • MARCO FARANI, Embaixador;
  • JOÃO BATISTA BRITO PEREIRA, Ministro do Tribunal Superior do Trabalho;
  • REINALDO JOSÉ DE ALMEIDA SALGADO, Ministro de Primeira Classe;
  • JOÃO GENÉSIO DE ALMEIDA FILHO, Ministro de Primeira Classe;
  • KENNETH FÉLIX HACZYNSKI DA NÓBREGA, Ministro de Primeira Classe;
  • BANGUMZI SIFINGO, Chefe Interino de Assuntos Internacionais de Defesa – África do Sul;
  • FATIH BIROL, Diretor-Executivo da Agência Internacional de Energia – Turquia;
  • RAFAEL MARIANO GROSSI, Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica – Argentina;
  • WEDER DE OLIVEIRA, Ministro-Substituto do Tribunal de Contas da União;
  • MARISETE FÁTIMA DADALD PEREIRA, Secretária-Executiva do Ministério de Minas e Energia;
  • MARCOS ROSAS DEGAUT PONTES, Secretário de Produtos de Defesa;
  • VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUS, Presidente do Tribunal Regional Federal 4ª Região; e
  • ANDRÉ LUIS GUIMARÃES GODINHO, Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça.

Também chama a atenção nessa lista o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, aquele do laranjal mineiro do PSL, cujo verdadeiro nome é Marcelo Henrique Teixeira Dias.

Aras pede que STF suspenda inquérito das ‘fake news’, decisão será do plenário

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão do inquérito das ‘fake news’. Fachin encaminhou o pedido para decisão do plenário do STF.

O pedido da PGR foi feito nesta quarta-feira (27), após a operação da Polícia Federal que apreendeu dispositivos eletrônicos de vários bolsonaristas e quebrou o sigilo bancário e fiscal de empresários.

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Aras é contra a apreensão do celular de Bolsonaro

Bolsonaro e filhos já assumem que um novo golpe é ‘inevitável’

Aras disse que a Procuradoria-Geral da República foi “surpreendida” com as ações realizadas “sem a participação, supervisão ou anuência prévia do órgão de persecução penal” .

No pedido, o procurador cita uma manifestação feita por ele mesmo no inquérito, no último dia 19, ao ser informado sobre a possibilidade das ações autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

“A leitura dessas manifestações demonstra, a despeito de seu conteúdo incisivo em alguns casos, serem inconfundíveis com a prática de calúnias, injúrias ou difamações contra os membros do STF. Em realidade, representam a divulgação de opiniões e visões de mundo, protegidas pela liberdade de expressão”, diz Aras.

“Na medida em que as manifestações feitas em redes sociais atribuídas aos investigados inserem-se na categoria de crítica legítima – conquanto dura –, ao ver deste órgão ministerial são desproporcionais as medidas de bloqueio das contas vinculadas aos investigados nas redes sociais.”

Aras confunde ameaças e injúrias com críticas. Atua como advogado do bolsonarismo.

Com informações do G1.

Bolsonaro e filhos já assumem que um novo golpe é ‘inevitável’

O avanço da Justiça na investigação e no combate aos crimes dos bolsonaristas está acuando o clã presidencial e eles já passam a discutir e ameaçar abertamente com uma nova ruptura institucional, leia-se GOLPE.

Foi isso que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) disse ontem em uma live do “Terça Livre”. Vale lembrar que o dono desse canal é um dos investigados no inquérito do Supremo Tribunal Federal sobre as ‘fake news’.

Assista ao vídeo compartilhado pelo Jornalismo Wando:

O presidente Bolsonaro também deu declarações ameaçadoras hoje.

“Nunca tive a intenção de controlar a Polícia Federal, pelo menos isso serviu para mostrar ontem. Mas obviamente, ordens absurdas não se cumprem. E nós temos que botar um limite nessas questões”, disse. “Não foi justo o que aconteceu no dia de ontem”, completou.

“Repito, não teremos outro dia igual ontem. Chega! Chegamos no limite. Estou com as armas da democracia na mão. Eu honro os meus compromissos no juramento que fiz quando assumi a Presidência da República.”

Quem não quiser entender isso como ameaça à democracia pode estar contribuindo para que tenhamos novos “anos de chumbo” pela frente.

Com informações do G1.

Weintraub compara ação do STF com o nazismo e revolta Judeus

O ministro da falta de Educação bolsonarista, Abraham Weintraub, comparou as ações da Polícia Federal sob ordem do Supremo Tribunal Federal com episódios do nazismo alemão que massacrou milhões de Judeus.

Wentraub fez duas postagens nas últimas horas.

“Primeiro, nos trancaram em casa. Depois, brasileiros honestos buscando trabalho foram algemados. Ontem, 29 famílias tiveram seus lares violados! Sob a mira de armas, pais viram suas crianças e mulheres assustadas terem computadores e celulares apreendidos! Qual o próximo passo?”

“Hoje foi o dia da infâmia, VERGONHA NACIONAL, e será lembrado como a Noite dos Cristais brasileira. Profanaram nossos lares e estão nos sufocando. Sabem o que a grande imprensa oligarca/socialista dirá? SIEG HEIL!”

A comunidade judaica reagiu às postagens que associaram a operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal no inquérito das ‘fake news’ ao nazismo.

A Confederação Israelita do Brasil condenou a comparação que o ministro da Educação fez do inquérito do STF com a Noite dos Cristais. Veja a íntegra do texto publicado no site da confederação:

“Não há comparação possível entre a Noite dos Cristais, perpetrada pelos nazistas em 1938, e as ações decorrentes de decisão judicial no inquérito do STF, que investiga ‘fake news’ no Brasil.

A Noite dos Cristais, realizada por forças paramilitares nazistas e seus simpatizantes, resultou na morte de centenas de judeus inocentes, na destruição de mais de 250 sinagogas, na depredação de milhares de estabelecimentos comerciais judaicos e no encarceramento e deportação a campos de concentração.

As ações do inquérito, por sua vez, se dão dentro do ordenamento jurídico, assegurado o direito de defesa, ao qual as vítimas do nazismo não tinham acesso.

A comparação feita pelo ministro Abraham Weintraub é, portanto, totalmente descabida e inoportuna, minimizando de forma inaceitável aqueles terríveis acontecimentos, início da marcha nazista que culminou na morte de 6 milhões de judeus, além de outras minorias.”

O coletivo Judeus pela Democracia também criticou a associação feita por Weintraub. “A ação a mando do STF visa buscar quem financia Fake News e evitar novos linchamentos virtuais. A Noite dos Cristais não foi virtual, mas foi o linchamento real a judeus”, escreveu o coletivo em seu perfil no Twitter.

O Comitê Judaico Americano, uma das principais organizações da comunidade judaica nos Estados Unidos, pediu um basta no uso político do Holocausto por autoridades do governo Jair Bolsonaro.

“Chega! O reiterado uso político de termos referentes ao Holocausto por oficiais do governo brasileiro é profundamente ofensivo para a comunidade judaica e insulta as vítimas e os sobreviventes do terror nazista. Isso precisa parar imediatamente”, disse a associação pelo Twitter, em inglês.

Com informações do UOL e do Estadão. 

Bolsonaro ‘chifrou’ em todos os namoros; confira o histórico

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é recorrente no uso de expressões como “namoro”, “noivado” e “casamento” para justificar ações de seu governo.

Na noite desta quinta-feira (28), durante uma live, o presidente da República afirmou que pode indicar o procurador-geral da República Augusto Aras para o Supremo Tribunal Federal (STF) ‘se aparecer uma terceira vaga’ no curso do mandato.

“Tem uma vaga prevista para novembro, outra para o ano que vem. O senhor Augusto Aras, nessas duas vagas, deixo bem claro, não está previsto o nome dele. Eu costumo dizer que tenho três nomes – que não vou revelar – que eu namoro para indicar para o Supremo Tribunal Federal. Um vai ser evangélico, é um compromisso que eu tenho com a bancada evangélica”, disse o presidente Bolsonaro.

É bom Aras colocar a barba de molho porque o retrospecto é negativo para quem Bolsonaro prometeu namoro, noivado ou casamento. O presidente chifrou a todos nesses relacionamentos fugazes.

Então, vejamos:

  • Gustavo Bebianno – ministro da Secretaria Geral, em 18 de fevereiro de 2019;
  • Ricardo Vélez – ministro da Educação, em 8 de abril de 2019;
  • Santos Cruz – ministro da Secretaria de Governo, em 13 de junho de 2019;
  • Floriano Peixoto – ministro da Secretaria Geral, em 20 de junho de 2019;
  • Onyx Lorenzoni* – ministro da Casa Civil, em 13 de fevereiro de 2020;
  • Osmar Terra – ministro da Cidadania, em 13 de fevereiro de 2020;
  • Gustavo Canuto – ministro do Desenvolvimento Regional, em 6 de fevereiro de 2020;
  • Luiz Henrique Mandetta – ministro da Saúde, em 16 de abril de 2020;
  • Sérgio Moro – ministro da Justiça, em 24 de abril de 2020;
  • Nelson Teich – ministro da Saúde, em 15 de maio de 2020; e
  • Regina Duarte – secretária da Cultura, em 20 de maio de 2020.

*Onyx Lorenzoni foi rebaixado para a Cidadania.

Note o caríssimo leitor que a “fidelidade” não é o forte do presidente Jair Messias Bolsonaro. Pelo contrário. O chifre é a regra em relação aos seus auxiliares e aliados políticos, embora a retórica pública seja outra.

“Voltamos a namorar. Está tudo bem com Rodrigo Maia”, disse Bolsonaro no dia 14 de maio de 2020, em público, mas isso não impediu que o “Gabinete do Ódio” desancasse o presidente da Câmara nas redes sociais.

Os dois mais notórios ‘chifrados’ foram a atriz Regina Duarte e o ex-ministro Sérgio Moro.

Depois de um ‘noivado’ longo, que durou 47 dias, a atriz Regina Duarte confirmou o ‘enlace’ com Bolsonaro. Como numa novela, o ‘casamento’ entre os dois acabou após o presidente da República ser flagrado ‘pulando a cerca’ com o também ator Mário Frias. O moço foi usado para fritar [humilhar] a secretária Nacional da Cultura.

Moro tinha a promessa de ser nomeado para uma vaga do Supremo Tribunal Federal, mas, por desavença, levou um pé na bunda do presidente Jair Bolsonaro.

Aras, independente de ser comunista ou não, deveria levar em consideração a velha máxima de Karl Marx: ‘A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa.’

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