O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, em entrevista concedida à jornalista Natália Cancian, da Folha de São Paulo, contestou a recomendação do uso do fármaco cloroquina para o tratamento do coronavírus. Para o ex-ministro, o remédio “mata”. O presidente Bolsonaro defende o uso em larga escala da cloroquina.
“Começaram a testar pelos quadros graves que estão nos hospitais. Do que sei dos estudos que me informaram e não concluíram, 33% dos pacientes em hospital, monitorados com eletrocardiograma contínuo, tiveram que suspender o uso da cloroquina porque deu arritmia que poderia levar a parada cardíaca”, afirma.
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Mandetta, que teve que deixar o cargo, assim como seu sucessor Nelson Teich, por se recusar a suspender o distanciamento social e recomendar o remédio prescrito por Jair Bolsonaro. Ele prevê ainda que o Brasil terá pelo menos mais doze semanas “duras” adiante.
No domingo (18), o Brasil superou 16 mil mortes e 240 mil casos.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.