Governo Bolsonaro tem 65% de desaprovação segundo pesquisa Atlas

Pesquisa Atlas Intelligence publicada nesta quarta-feira (27) mostra que a desaprovação do governo do presidente Bolsonaro está em alta com 65,1% dos entrevistados. 32,9% aprovam o governo e 1,9% não sabem.

A pesquisa foi feita entre 24 e 26 de maio, depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. Duas mil pessoas foram entrevistadas pela internet com convites randomizados. A margem de erro é de 2% com um nível de confiança de 95% para os indicadores associados a totalidade da amostra.

Sobre a avaliação do governo do Presidente Bolsonaro:

  • 58,1% consideram ruim ou péssimo;
  • 19,2% consideram regular;
  • 22,5% consideram ótimo ou bom;
  • 0,2% não sabem.

Sobre a possibilidade de impeachment do presidente Bolsonaro:

  • 58,4% se disseram a favor;
  • 36,3% se disseram contrários;
  • 5,3% não sabem.

A pesquisa também mostrou que, pela primeira vez em um ano, a avaliação negativa de Sérgio Moro superou a positiva no patamar de 43% contra 42% conforme gráfico a seguir: 

Economia

A integra da pesquisa pode ser lida aqui.

As informações são da AtlasIntel

Já o Datafolha traz números mais amenos para o governo, mas seguindo as mesmas tendências.

Datafolha: Governo Bolsonaro é ruim ou péssimo para 43% dos brasileiros

Pesquisa Datafolha divulgada no início da tarde desta quinta-feira (28) mostra que a rejeição ao governo de Jair Bolsonaro está em alta e atingiu seu maior índice desde o início da gestão.

O percentual de entrevistados que consideram o governo ruim ou péssimo subiu de 38%, no levantamento de 27 de abril, para 43%.

O instituto realizou a sondagem na segunda e terça-feira (25 e 26), com entrevistas por telefone, após a divulgação do vídeo da reunião ministerial.

Foram ouvidas 2.069 pessoas, com margem de erro de 2 pontos percentuais. Aqueles que consideram a gestão ótima ou boa permanecem no patamar da pesquisa anterior, 33%. O índice dos que consideram o governo regular caiu de 26% para 22%. E 2% não souberam responder.

De acordo com a série histórica do Datafolha, Bolsonaro tem o pior índice de aprovação de presidentes desde 1989 a esta altura de um primeiro mandato. Fernando Collor tinha 41% de rejeição quase no mesmo período, com um ano e seis meses à frente da Presidência.

Em termos de renda, o governo tem seus maiores índices de reprovação e também de aprovação entre os que possuem renda familiar de mais de 10 salários mínimos. São 49% nesta faixa que acham a gestão Bolsonaro ruim ou péssima, e 42% os que a consideram ótima ou boa.

O Datafolha indica que o vídeo da reunião ajudou a aumentar a rejeição ao presidente. Entre os que dizem ter assistido ao encontro de 22 de abril, 55% reprovam o governo. E subiu de 28% para 37% os que acham que Bolsonaro nunca se comporta de forma adequada no cargo, enquanto os que acreditam que ele se comporta mal na maioria das vezes se mantiveram em patamar estável, oscilando dentro da margem de erro, de 25% para 23%.

Bolsonaro é mais rejeitado no Nordeste, onde 48% veem seu governo como ruim ou péssimo, seguido do Sudeste, região em que 45% avalia sua gestão desta forma.

Via Rede Brasil Atual.

Bolsonaro e filhos já assumem que um novo golpe é ‘inevitável’

O avanço da Justiça na investigação e no combate aos crimes dos bolsonaristas está acuando o clã presidencial e eles já passam a discutir e ameaçar abertamente com uma nova ruptura institucional, leia-se GOLPE.

Foi isso que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) disse ontem em uma live do “Terça Livre”. Vale lembrar que o dono desse canal é um dos investigados no inquérito do Supremo Tribunal Federal sobre as ‘fake news’.

Assista ao vídeo compartilhado pelo Jornalismo Wando:

O presidente Bolsonaro também deu declarações ameaçadoras hoje.

“Nunca tive a intenção de controlar a Polícia Federal, pelo menos isso serviu para mostrar ontem. Mas obviamente, ordens absurdas não se cumprem. E nós temos que botar um limite nessas questões”, disse. “Não foi justo o que aconteceu no dia de ontem”, completou.

“Repito, não teremos outro dia igual ontem. Chega! Chegamos no limite. Estou com as armas da democracia na mão. Eu honro os meus compromissos no juramento que fiz quando assumi a Presidência da República.”

Quem não quiser entender isso como ameaça à democracia pode estar contribuindo para que tenhamos novos “anos de chumbo” pela frente.

Com informações do G1.

Weintraub compara ação do STF com o nazismo e revolta Judeus

O ministro da falta de Educação bolsonarista, Abraham Weintraub, comparou as ações da Polícia Federal sob ordem do Supremo Tribunal Federal com episódios do nazismo alemão que massacrou milhões de Judeus.

Wentraub fez duas postagens nas últimas horas.

“Primeiro, nos trancaram em casa. Depois, brasileiros honestos buscando trabalho foram algemados. Ontem, 29 famílias tiveram seus lares violados! Sob a mira de armas, pais viram suas crianças e mulheres assustadas terem computadores e celulares apreendidos! Qual o próximo passo?”

“Hoje foi o dia da infâmia, VERGONHA NACIONAL, e será lembrado como a Noite dos Cristais brasileira. Profanaram nossos lares e estão nos sufocando. Sabem o que a grande imprensa oligarca/socialista dirá? SIEG HEIL!”

A comunidade judaica reagiu às postagens que associaram a operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal no inquérito das ‘fake news’ ao nazismo.

A Confederação Israelita do Brasil condenou a comparação que o ministro da Educação fez do inquérito do STF com a Noite dos Cristais. Veja a íntegra do texto publicado no site da confederação:

“Não há comparação possível entre a Noite dos Cristais, perpetrada pelos nazistas em 1938, e as ações decorrentes de decisão judicial no inquérito do STF, que investiga ‘fake news’ no Brasil.

A Noite dos Cristais, realizada por forças paramilitares nazistas e seus simpatizantes, resultou na morte de centenas de judeus inocentes, na destruição de mais de 250 sinagogas, na depredação de milhares de estabelecimentos comerciais judaicos e no encarceramento e deportação a campos de concentração.

As ações do inquérito, por sua vez, se dão dentro do ordenamento jurídico, assegurado o direito de defesa, ao qual as vítimas do nazismo não tinham acesso.

A comparação feita pelo ministro Abraham Weintraub é, portanto, totalmente descabida e inoportuna, minimizando de forma inaceitável aqueles terríveis acontecimentos, início da marcha nazista que culminou na morte de 6 milhões de judeus, além de outras minorias.”

O coletivo Judeus pela Democracia também criticou a associação feita por Weintraub. “A ação a mando do STF visa buscar quem financia Fake News e evitar novos linchamentos virtuais. A Noite dos Cristais não foi virtual, mas foi o linchamento real a judeus”, escreveu o coletivo em seu perfil no Twitter.

O Comitê Judaico Americano, uma das principais organizações da comunidade judaica nos Estados Unidos, pediu um basta no uso político do Holocausto por autoridades do governo Jair Bolsonaro.

“Chega! O reiterado uso político de termos referentes ao Holocausto por oficiais do governo brasileiro é profundamente ofensivo para a comunidade judaica e insulta as vítimas e os sobreviventes do terror nazista. Isso precisa parar imediatamente”, disse a associação pelo Twitter, em inglês.

Com informações do UOL e do Estadão.