Bolsonaro x Doria: uma briga de neoliberais contra os trabalhadores

A disputa entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é antes de tudo uma briga de neoliberais. Eles travam uma peleja para decidir qual deles dois terá a primazia para ferrar os trabalhadores.

Embora tente se escorar em boas práticas na luta contra o coronavírus, o governador tucano defende as mesmas coisas que o presidente da República implementa: recessão, desemprego, menos direitos sociais, redução do SUS, privatizações, privilégio para alguns poucos empresários e banqueiros.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o Zero Três, publicou uma faixa atribuindo a Doria o desemprego de 300 pais de família no município de Franca (SP).

Não vale culpar a Covid-19 pelo desemprego no País, pois, antes da pandemia eram uma realidade a recessão, alta do dólar, diminuição das exportações, aumento do desemprego, a queda do PIB e piora de todos os índices econômicos.

Bolsonaro e Doria rezam pela mesma cartilha neoliberal cujo culto satânico é comandado pelo ministro Paulo Guedes. Portanto, na briga entre o governador paulista e o presidente, fiquemos do lado da briga. É na desavença que podemos enxergar um pouco de luz.

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Paulo Guedes na reunião ministerial: ‘É preciso vender logo a porra do Banco do Brasil’

Na reunião ministerial de 22 de abril citada por Sergio Moro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que é preciso “vender logo a porra do BB”, de acordo com a coluna da jornalista Bela Megale no O Globo.

Além de todos os ministros do governo, também estavam presentes no encontro os presidentes do próprio Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. A gravação da reunião, que é apontada por Moro como prova da interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, está em poder do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Celso de Mello deve decidir hoje sobre a divulgação do vídeo.

Segundo interlocutores do ministro da economia, Guedes passou a fazer mais críticas mais duras ao BB. O ministro tem reclamado que sua pasta tem feito medidas para fornecer créditos às instituições financeiras, mas que isso não tem chegado às empresas. Guedes costuma falar que o BB, que “deveria puxar a fila” por ter o governo como maior acionista não vem fazendo isso.

O ministro também se queixa que o BB está atrasado demais na corrida tecnológica em relação aos demais bancos.