PT lança vídeo pelo ‘Fora Bolsonaro’ com narrativa da Covid-19; assista

O PT publicou um vídeo nas redes sociais, nesta quinta (30), oficializando a abertura da campanha pelo ‘Fora Bolsonaro’ tendo como mote a Covid-19.

A peça mostra gráfico com uma linha do tempo indicando o aumento das mortes pelo coronavírus desde de março. As imagens são sincronizadas com as falas do presidente Jair Bolsonro, que, desde o início da pandemia, vem tratando a doença como uma “gripezinha” e menosprezando as vítimas.

“Desde 9 de março, quando mencionou a pandemia do coronavírus pela primeira vez, Bolsonaro agride a lógica e o bom senso, ataca aliados e autoridades de saúde e é acusado de pôr em risco a vida de milhões de pessoas com gestos, atos e falas”, dizem os petistas, que nominaram o material como “diário de um genocida numa crise anunciada”.

O Partido dos Trabalhadores anota que relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) acusavam as políticas do governo brasileiro de serem “um risco à vida e à saúde de milhões de brasileiros” e destaca que uma carta no site do Conselho Nacional de Saúde (CNS), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, classifica de “irresponsáveis, criminosas e genocidas” as ações do Chefe de Estado diante da pandemia do coronavírus.

O PT também fez um registro cronológico das “barbaridades” ditas por Bolsonaro “dia após dia”, acerca do coronavírus. Confira abaixo:

Economia

09 de Março – ‘Coronavírus está superdimensionado’
“Os números vêm demonstrando que o Brasil começou a se arrumar em sua economia. Obviamente, os números de hoje têm a ver, a queda drástica da Bolsa de Valores no mundo todo, tem a ver com a queda do petróleo que despencou, se eu não me engano, 30%. Tem a questão do coronavírus também que no meu entender está superdimensionado o poder destruidor desse vírus, então talvez esteja sendo potencializado até por questão econômica”.

10 de Março – ‘Muito do que falam é fantasia, isso não é crise’
“Muito do que tem ali é mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propaga”.

11 de Março – ‘Outras gripes mataram mais que essa’
“Vou ligar para o Mandetta agora a pouco. Eu não sou médico, eu não sou infectologista. O que eu ouvi até o momento, outras gripes mataram mais do que essa”.

13 de Março – ‘Apesar do meu teste ter dado negativo, eu não vou apertar a mão de vocês’
“Vida segue normal, um grande desafio pela frente muitos problemas para serem resolvidos… Apesar do meu teste ter dado negativo, eu não vou apertar a mão de vocês”.

16 de Março – ‘Superdimensionamento’ outra vez e ‘luta pelo poder’
“Foi surpreendente o que aconteceu na rua até com esse superdimensionamento. Que vai ter problema vai ter, quem é idoso, (quem) está com problema, (quem tem) alguma deficiência, mas não é tudo isso que dizem. Até que a China já praticamente está acabando”.

“Eu não vou viver preso no Palácio da Alvorada, por mais cinco dias, com problemas grandes para serem resolvidos no Brasil (…) Se afundar a economia, acaba o meu governo, acaba qualquer governo. É uma luta pelo poder. Estou há 15 meses calado, apanhando, agora vou falar. Está em jogo uma disputa política por parte desses caras (Maia e Alcolumbre)”.

17 de Março – Da ‘histeria’ ao pedido de ‘união’
“A economia estava indo bem, fizemos algumas reformas, os números bem demonstravam: a taxa de juros lá embaixo, a questão do Risco Brasil também, então estava indo bem. Esse vírus trouxe uma certa histeria e alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, estão tomando medidas que vão prejudicar e muito a nossa economia… Tem locais, alguns países que já tem saques acontecendo. Isso pode vir para o Brasil. Pode ter um aproveitamento político em cima disso… Vai morrer muito mais gente fruto de uma economia que não anda do que do próprio coronavírus”.

“Superar este desafio depende cada um de nós. O caos só interessa aos que querem o pior para o Brasil. Se, com serenidade, população e governo, junto com os demais poderes, somarmos os esforços necessários para proteger nosso povo, venceremos não só este mal como qualquer outro!”

20 de Março – Gripezinha, confronto com governadores e 3º exame
“Tem certos governadores que estão tomando medidas extremas, que não competem a eles, como fechar aeroportos, rodovias, shoppings e feiras… Tem um governo de Estado que só faltou declarar independência do mesmo”.

“Estou bem. Fiz dois testes, talvez faça mais um até, talvez, porque sou uma pessoa que tem contato com muita gente. Recebo orientação médica… Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar”.

21 de Março – Dória ‘lunático’ e dever de impedir o pânico
“É meu dever impedir que o pânico tome conta do país, o que complicaria ainda mais a situação. É com esse objetivo, de mostrar que superaremos este obstáculo, que tenho tratado a questão com coragem e tranquilidade. De forma alguma usarei do momento para fazer demagogia”.

“Reconheço a seriedade do momento e o temor de muitos brasileiros ante à ameaça do coronavírus. O governo segue trabalhando intensamente e tomará todas as medidas possíveis para conter a transmissão do Covid-19”.

“Para falar a verdade, porque não vou fugir dessa minha característica, (João Doria) é um lunático. Está fazendo política em cima deste caso. Ora é um governador que nega ter usado o meu nome para se eleger governador, então eu lamento essa posição política dele. Ele está aproveitando desse momento para querer crescer politicamente… O assunto, no meu entender, tem de ser voltado exclusivamente para esse problema que temos pela frente que é o coronavírus”.

22 de Março – ‘Alarmismo’ novamente
“Há um alarmismo muito grande por grande parte da mídia. Alguns dizem que estou na contramão. Eu estou naquilo que acho que tem que ser feito. Posso estar errado, mas acho que deve ser tratado dessa maneira”.

“Não podemos nos comparar com a Itália. Lá o número de habitantes por quilômetro quadrado é 200. Na França, 230. No Brasil, 24. O clima é diferente. A população lá é extremamente idosa. Esse clima não pode vir pra cá porque causa certa agonia e causa um estado de preocupação enorme. Uma pessoa estressada perde imunidade”.

24 de Março – Pronunciamento em rede nacional
“A imprensa espalha a sensação de pavor, tendo como grande carro-chefe o grande número de vítimas na Itália, um país com um grande número de idosos e com um clima totalmente diferente do nosso… Algumas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transporte, o fechamento dos comércios e o confinamento em massa… São raros os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos”.

25 de Março – ‘A orientação vertical’
“A orientação vai ser vertical daqui para frente. Eu vou conversar com ele (ministro da Saúde) e tomar a decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com o (Luiz Henrique) Mandetta sobre essa orientação… Todos nós pagaremos um preço que levará anos para ser pago, se é que Brasil não possa ainda sair da normalidade democrática que vocês tanto defendem. Ninguém sabe o que pode acontecer no Brasil”.

26 de Março – “Brasileiro tem que ser estudado, não pega nada”
“Acho que não vai chegar a esse ponto (crítico), até porque o brasileiro tem que ser estudado, não pega nada. Vê o cara pulando em esgoto, sai, mergulha e não acontece nada”.

27 de Março – ‘Infelizmente algumas mortes terão. Paciência’
“Vamos enfrentar o vírus. Vai chegar, vai passar. Infelizmente algumas mortes terão. Paciência, acontece, e vamos tocar o barco. As consequências, depois dessas medidas equivocadas, vão ser muito mais danosas do que o próprio vírus”.

29 de Março – “Nós vamos morrer um dia”
“O que eu tenho conversado com o povo, eles querem trabalhar. É o que eu tenho falado desde o começo. Vamos tomar cuidado, a partir dos 65 fica em casa… Temos o problema do vírus, temos, ninguém nega isso aí. Devemos tomar os devidos cuidados com os mais velhos, as pessoas do grupo de risco. Agora, o emprego é essencial. Essa é uma realidade. O vírus tá aí, vamos ter de enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, pô, não como moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida, todos nós vamos morrer um dia”.

30 de Março – ‘Vamos enfrentar o problema? Ou o problema é o presidente?’
“Vamos enfrentar o problema ou não? Ou o problema é o presidente? Tem que trocar de presidente e resolve tudo? Logicamente, a vida é mais importante do que a economia, mas se o desemprego vier como está vindo de forma violenta, dado ao não afrouxamento de algumas regras agora, vamos ter um problema seríssimo amanhã ou depois que serão a fome, miséria, irritação, depressão. Não sabemos aonde isso pode levar… Você não pode impor esse isolamento de forma quase que eterna, como alguns Estados fizeram. Tem que afrouxar paulatinamente para que o desemprego não aumente mais no Brasil”.

1º de Abril – Vídeo falso, pedido de desculpas e negação de recuo
“Não é um desentendimento entre o presidente e alguns governadores e alguns prefeitos. São fatos e realidades que devem ser mostradas. Depois da destruição não interessa mostrar culpados…. Quero me desculpar publicamente pelo vídeo (publicado) sobre desabastecimento (na Ceasa). A gente erra e corrige”.

“Não há mudança de tom quando se fala em salvar vidas após alertar sobre histeria, como sugere determinada emissora. Ela sabe que ambos são problemas coexistentes e que precisam ser combatidos pelo bem-estar do Brasil, mas prefere tentar enganar a população”.

02 de Abril – ‘Você fala por milhões de pessoas’
“Pode ter certeza que a senhora fala por milhões de pessoas”, respondeu à apoiadora que pedia o fim do isolamento em frente ao Palácio da Alvorada.

03 de Abril – ‘Terrorismo’
“Esse vírus é igual uma chuva, vai molhar 70% de vocês, certo? Isso ninguém contesta. Toda a nação vai ficar livre de pandemia quando 70% (da população) for infectado e conseguir os anticorpos. Ponto final. Mas uma pequena parte da população, os mais idosos, vão ter um problema sério. Sabemos que vai ter morte, ninguém nega isso”.

08 de Abril – ‘40 dias’
“Após ouvir médicos, pesquisadores e chefes de Estado de outros países, passei a divulgar, nos últimos 40 dias, a possibilidade de tratamento da doença desde sua fase inicial… Essa decisão poderá entrar para a história como tendo salvo milhares de vidas no Brasil. Nossos parabéns ao Dr. Kalil”, citando o médico que admitiu ter tomado hidroxicloroquina para se tratar da doença.

09 de Abril – ‘Guerra ideológica’ sobre a cloroquina
“Isso é uma guerra ideológica em cima disso, guerra de poder. Se o pessoal me ajudasse um pouquinho, não me atrapalhasse – não me refiro a A, B ou C –, o Brasil ia embora… Tem médico que usa. Tá usando tem quase dois meses. A gente sabe que não está ainda comprovado cientificamente, mas…”

10 de Abril – ‘Direito constitucional de ir e vir’
“Eu tenho o direito constitucional de ir e vir. Ninguém vai tolher minha liberdade de ir e vir. Ninguém”, em tour por Brasília no feriado da sexta-feira da Paixão.

12 de Abril – ‘Começando a ir embora’
“Tenho dito desde o começo, há 40 dias. Temos dois problemas pela frente, o vírus e o desemprego. Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus, mas está chegando e batendo forte o desemprego… Devemos lutar contra essas duas coisas (o vírus e o desemprego). Obviamente, sempre lutamos crendo, acreditando em Deus acima de tudo. Vamos vencer esses obstáculos. Não serão fáceis, mas chegaremos lá”.

17 de Abril – ‘Risco’ na posse do novo ministro da Saúde
“Eu li uma matéria agora que 50% dos prefeitos já querem a abertura. Até pouco tempo atrás era quase 100% não queria. Daqui a pouco vai chegar do nosso lado e falar Bolsonaro tem razão”.

“Essa briga de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro. Se agravar (a doença) vem ao meu colo. Agora, o que acredito, que muita gente está tendo consciência que tem de abrir”.

18 de Abril – ‘Não tem que se acovardar’
“Não tem que se acovardar com esse vírus na frente… Os Estados estão quebrados. Falta humildade para essas pessoas que estão bloqueando tudo de forma radical”.

20 de Abril – ‘Não sou coveiro, tá?’
“Dá para recuperar o Brasil ainda. Eu espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus, todo mundo em casa. A massa não tem como ficar em casa, porque a geladeira está vazia”.

“Presidente, hoje tivemos mais de 300 mortes. Quantas mortes o senhor acha que…”, perguntava um jornalista. Bolsonaro o interrompeu: “Ô, cara, quem fala de… Eu não sou coveiro, tá certo? Não sou coveiro, tá?”

28 de Abril – ‘Quer que eu faça o quê?’
“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”. Momentos depois: “Lamento a situação que nós atravessamos com o vírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas. Mas é a vida. Amanhã vou eu. Logicamente, a gente quer ter uma morte digna e deixar uma boa história para trás”.

29 de Abril – ‘Não vão botar no meu colo’
Sobre as mais de 5 mil mortes no país: “Não vão botar no meu colo uma conta que não é minha. A imprensa tem que perguntar para o (João) Doria por que mais pessoas estão perdendo a vida em São Paulo. Não adianta a imprensa querer colocar na minha conta essas questões que não cabe a mim. O Supremo (Tribunal Federal) decidiu que quem decide essas questões (sobre restrição) são governadores e prefeitos”.

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Os militares que não são bobos, nada, se recusaram nesta quinta-feira (30) apertar a mão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Bolsonaro visitou hoje Porto Alegre, capital do Rio Grande de Sul, onde se reuniu com a caserna –inclusive com o vice-presidente general Hamilton Mourão (PRTB).

Assim como os demais militares, Mourão ofereceu o cotovelo para Bolsonaro.

As cenas constrangedores bombaram hoje nas redes sociais porque há fortes suspeitas de que o presidente tenha contraído a Covid-19.

A despeito de uma decisão da Justiça Federal de São Paulo, Bolsonaro se recusou a apresentar o laudo do exame que teria dado “negativo” para o coronavírus.

O pedido para que Jair Bolsonaro mostrasse o exame foi feito pelo Estadão.

O presidente da República esteve nesta manhã no Centro de Operação de Combate à Covid-19 da capital gaúcha.

Bolsonaro reduz imposto de bancos, enquanto fala em congelar salários de servidores públicos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou a Secretaria Especial da Receita Federal, órgão vinculado ao Ministério da Economia, a reduzir de 20% para 15% a alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada dos bancos, referente aos resultados do ano de 2019.

O ministro Paulo Guedes estava falando na Comissão Mista da Covid-19, do Congresso Nacional, sobre o congelamento de salários de servidores públicos, quando ele foi interpelado pelos parlamentares acerca desse presentão para os bancos.

A CSLL é um tributo federal que incide sobre todas as Pessoas Jurídicas (PJ) domiciliadas no Brasil. Seu objetivo é o de apoiar financeiramente a Seguridade Social. Foi de R$ 81,59 bilhões o lucro dos 4 maiores bancos no ano de 2019 –Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander, juntos.

De acordo com senadores e deputados, Receita publicou instrução normativa reduzindo de 20% para 15% a alíquota de CSLL em um momento que o Brasil se esforça para arrumar recursos no combate ao coronavírus e que o governo propõe congelar salários.

Guedes jurou de pés juntos que não sabia da redução da CSLL dos bancos. “Eu desconheço, não sei, a Receita não tem autonomia para reduzir a CSLL sem a minha autorização”, disse o ministro da Economia, que se comportou como “marido traído” [o último a saber] na Comissão Mista.

A alíquota da CSLL havia sido elevada de 15% para 20% em maio de 2015 pela presidenta Dilma Rousseff (PT), por meio da Medida Provisória 675.

A CSLL é um dos tributos destinados a financiar a Seguridade Social, o que inclui o Regime Geral de Previdência Social. Assim, a medida em prol do sistema financeiro vai reduzir o caixa do sistema previdenciário.

Resumo da ópera: Bolsonaro age na Presidência da República como o Robin Hood ao contrário, que rouba dos pobres para dar aos ricos.

Vox Populi: 60% dizem que Bolsonaro pensa mais nos empresários que no povo

O povo brasileiro não reconhece em Jair Bolsonaro uma liderança confiável na travessia da crise da pandemia. Nada menos do que 60% das pessoas dizem que o presidente pensa mais nos empresários do que no bem-estar da população brasileira. É o que atesta pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi, em levantamento realizado entre 18 e 26 de abril, com 1.500 pessoas em todo o território nacional. A margem de erro da amostra é de 2,5%, com intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas por telefone. A pesquisa foi encomendada pelo PT e apresentada na quarta-feira (29), durante reunião do Diretório Nacional. É a primeira sondagem do PT sobre a crise sanitária.

De acordo com a pesquisa, nada menos que 64% dos entrevistados afirmam não confiar no que o presidente da República fala sobre a pandemia do coronavírus. E 53% dos entrevistados consideram que Bolsonaro está atrapalhando no combate à doença. O levantamento mostra ainda que 63% não acreditam no uso da cloroquina – o medicamento que vem sendo propagandeado pelo governo para o tratamento do Covid-19.

O instituto perguntou aos entrevistados se Bolsonaro tem capacidade para governar o Brasil em um momento como este que o país atravessa. E 52% responderam que o presidente não tem capacidade para liderar o país, enquanto 43% consideram que sim. Sobre o isolamento social, 66% defendem que a medida é importante para proteger a população. Também 69% avaliam que o governo erra ao não promover testes em massa.

A Vox Populi revela ainda que 89% das pessoas entrevistadas acham que o governo deve garantir uma renda mínima à população até que a economia se recupere e 53% acham que diante da crise, o mais correto é a prevalência de um Estado forte. E 68% dos ouvidos pelo Vox Populi avalia que o desemprego vai aumentar e 70% revelam que não têm dinheiro para se manter sem o salário que recebem.

O levantamento destaca que 87% avaliam que a oposição fez certo para brigar pelo pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 aprovado pelo Congresso Nacional. A pesquisa mostra que 60% sabem que foi a oposição quem garantiu o seguro quarentena, que o governo queria limitar a R$ 200, como propôs o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Na percepção da maioria dos entrevistados, 75% consideram que os cortes de R$ 22 bilhões promovidos pelo governo federal no Sistema Único de Saúde (SUS) prejudicaram o país no enfrentamento da pandemia. Ainda sobre saúde pública, 47% dos entrevistados consideram que o Brasil estaria em situação melhor se os médicos cubanos ainda estivessem trabalhando no país, enquanto 39% avaliam que estaria igual.