Maia defende Mandetta: ‘No meio da guerra não se muda general’


O presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender a permanência de Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde do governo, apesar das fortes discordâncias entre o ministro e o presidente sobre a condução do combate ao coronavírus.

“O Bolsonaro é um cara que gosta de fazer frases e mandar recados, mas foi ele quem nomeou o Mandetta e conhecia as suas qualidades. Ele disse que, na guerra, de forma nenhuma ia mandar embora o ministro. Fico com essa frase para crer na manutenção do Mandetta”, afirmou o deputado, em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes.

Segundo Maia, como Bolsonaro veio das Forças Armadas, ele sabe que “no meio da guerra, mudar o general quatro estrelas não é o melhor momento”, porque teria que modificar toda a estrutura e isso levaria entre dois e três meses.

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Na segunda-feira (6), em meio a rumores de que seria demitido, Mandetta se reuniu com Bolsonaro e, depois, em entrevista coletiva, disse que permaneceria no cargo. Na ocasião, pediu “paz” para chefiar a pasta e, sem citar diretamente o presidente.

Nessa quinta-feira (9), um vídeo de uma conversa entre o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) foi divulgada pela CNN Brasil. Na conversa, Onyx diz que não fala com Mandetta há dois meses e que, se estivesse na cadeira do presidente Jair Bolsonaro, teria “cortado a cabeça” dele após a reunião no Palácio do Planalto na segunda-feira.

Nas redes sociais, bolsonaristas continuam fazendo campanha pela demissão de Mandetta do Ministério da Saúde.