Gleisi Hoffmann: ‘extinção do PT seria para calar a voz da oposição a Bolsonaro’

Lula ao centro de senadores e deputados do PT. Foto: Gabriel Paiva
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), por meio de nota, criticou o parecer do vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Goés, que pede o cancelamento do registro do Partido dos Trabalhadores junto à Justiça Eleitoral.

A dirigente petista afirma que por trás do pedido de extinção do PT há a intenção de calar a voz da oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Gleisi, o parecer do vice-procurador atende aos desejos do governo e que só isso justifica a admissão de um “pedido esdrúxulo” e ilegal como esse.

A presidenta nacional recordou que o PT tem 40 anos de luta ao lado do povo e chamou de “fantasiosa” a admissibilidade de cassação do registro da agremiação partidária.

“Não há provas e nem indícios de que o PT tenha recebido recursos oriundos do exterior, o que nunca aconteceu”, contestou a petista. “A decisão é arbitrária e política, sem amparo em fatos ou na realidade.”

Gleisi Hoffmann recorreu à história para atacar o parecer que pede a extinção do PT.

Economia

“Na história da República, somente em períodos de arbítrio, como nos anos 40 e 60, em que ditaduras calaram a voz de opositores, partidos políticos tiveram seus registros cassados, a exemplo do Partido Comunista Brasileiro”, diz um trecho da nota.

LEIA TAMBÉM
Requião: “A canalha quer acabar com o PT”

#NasRuas5DeAbril pode ser o maior fiasco de Bolsonaro

Mandetta alerta que #Covid-19 ainda não atingiu bairros operários no Brasil

Leia a íntegra da nota do PT:

PT: 40 anos ao lado do povo!

“O Ministério Público pode querer calar a voz da oposição, atendendo aos desejos do governo, só isso justifica a admissão de um pedido esdrúxulo e ilegal como este”

É ultrajante e fantasiosa a admissibilidade pelo vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Goés de pedido para cancelamento do registro do Partido dos Trabalhadores junto à Justiça Eleitoral.

Não há provas e nem indícios de que o PT tenha recebido recursos oriundos do exterior, o que nunca aconteceu. A decisão é arbitrária e política, sem amparo em fatos ou na realidade.

O pretexto usado pelo MP Eleitoral é irreal. Mais uma vez temos o lawfare — o uso do direito e do sistema jurídico contra o inimigo — para perseguir os adversários do regime e do atual presidente.

Na história da República, somente em períodos de arbítrio, como nos anos 40 e 60, em que ditaduras calaram a voz de opositores, partidos políticos tiveram seus registros cassados, a exemplo do Partido Comunista Brasileiro.

O PT tem 40 anos de história em defesa da democracia e do povo brasileiro, e uma longa tradição em luta pelos direitos sociais no país, contra o abuso do poder político e econômico e por uma sociedade menos desigual.

O Ministério Público pode querer calar a voz da oposição, atendendo aos desejos do governo, só isso justifica a admissão de um pedido esdrúxulo e ilegal como este.

Gleisi Hoffmann
Partido dos Trabalhadores