CPI das Fake News começa identificar operadores da milícia digital bolsonarista


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News iniciou o processo de identificação dos operadores da milícia digital bolsonarista nas redes sociais. O jornal O Estado de São Paulo, com base em dados enviados ao Congresso pelo Facebook, localizou duas pessoas: uma em São Paulo e outra em Minas Gerais. Ambas já estão sob investigação dos parlamentares da comissão.

Os dois operadores bolsonaristas alimentam perfis com os codinomes “PresidenteBolsonaroBR – Mito do Brasil” e “Conservador Liberal”, ambos com mais de 100 mil seguidores.

A milícia digital bolsonarista é comandada pelo chamado “gabinete do ódio”, instalado dentro do Palácio do Planalto, e responsável por coordenador as ações criminosas contra a oposição e às instituições como o Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o jornal, o perfil “Conservador Liberal” pertence a Webert Florêncio, de 25 anos, morador de Ipatinga (MG). Evangélico e estudante de Medicina, Florêncio passou a apoiar Bolsonaro em 2016 e fez parte de grupos como o “Direita Minas”. Hoje é um militante do partido bolsonarista em formação, o Aliança pelo Brasil. Na eleição de 2014, fez campanha para Aécio Neves (PSDB).

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As páginas dele reproduzem ofensas a adversários políticos de Bolsonaro, como deputados do PSOL, e incentivos a manifestações pró-governo e contrárias ao Congresso e ao STF.

A conta “Mito do Brasil” no Instagram é vinculada a um telefone e e-mail de Mariana Aparecida Rosa de Campos, de 39 anos, moradora de Osasco (SP). Ela é responsável por abastecer de conteúdo o perfil, que retrata o dia a dia do presidente e família. O alcance é de 168 mil pessoas.