O estudo está associando o uso de cloroquina a pacientes graves internados com Covid-19, em Manaus (AM), com uma maior taxa de letalidade.
O presidente Jair Bolsonaro, em pronunciamentos recentes, “prescreveu” a droga como salvação daqueles que contraíram o coronavírus.
As reiteradas declarações do presidente da República levaram a uma corrida pela cloroquina nas farmácias, embora não haja um estudo definitivo sobre a eficácia no tratamento da Covid-19.
Experimentos brasileiros em 81 pacientes brasileiros mostraram alta taxa de letalidade nas dosagens mais altas, de acordo com o estudo.
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O grupo que recebeu alta dose de cloroquina apresentou taxa de letalidade 17% maior em relação ao que teve ministrada a dosagem mais baixa (13,5%).
Diante da pesquisa, os cientistas sugerem que a dosagem mais alta de cloroquina (regime de dez dias) não deve ser recomendada para o tratamento da Covid-19 devido aos seus potenciais riscos à segurança.
“Tais resultados nos forçaram a interromper prematuramente o recrutamento de pacientes para esse braço [da pesquisa]. Dado o enorme impulso global para o uso da cloroquina, resultados como os encontrados neste estudo podem fornecer evidências robustas para recomendações atualizadas de gerenciamento de pacientes com Covid-19”, dizem os pesquisadores.
Com informações da Folha.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.