Ministério da Saúde diz que errou e divulga novos números do Coronavírus

O ministério da Saúde emitiu uma nota afirmando que errou na totalização dos números de mortos pelo Coronavírus divulgados nesta segunda-feira (20).

Ao invés de 383 óbitos nas últimas 20 horas, foram somente 113.

Os números corretos do Coronavírus portanto são:

  • 2.575 mortes – no domingo, eram 2.462, aumento de 5,6% e 113 óbitos a mais
  • 40.581 confirmados – no domingo, eram 38.654, aumento de 5%
  • 6,3% é a taxa de letalidade
  • São Paulo tem 1.037 mortes e 14.580 casos confirmados

Estados com mais mortes confirmadas são: São Paulo (1.037), Rio de Janeiro (422), Pernambuco (234), Ceará (198) e Amazonas (185).

Mais cedo, o Ministério da Saúde havia informado que São Paulo tinha 1.307 mortes pela Covid-19. Em nota, a pasta fez uma correção para o número acima e, por isso, também corrigiu o número total de óbitos do país de 2.845 para 2.545.

Economia

Com informações do G1

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Randolfe Rodrigues afirma que Bolsonaro não pode ficar impune por desrespeitar a Constituição

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da minoria no Senado, afirmou nesta segunda-feira (20) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não pode ficar impune por desrespeitar a Constituição Federal.

O parlamentar representou contra Bolsonaro na Procuradoria-Geral da República em decorrência das manifestações deste domingo (19), quando o presidente participou de ato pedindo a intervenção militar e exaltando o AI-5.

A representação na PGR se baseia no artigo 268 do Código Penal, que versa sobre “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”. A pena prevista é de detenção, de um mês a um ano, e multa.

“A lei é para todos”, disse Randolfe. “Se Bolsonaro não respeita a Constituição, deve responder por seus atos como qualquer outro cidadão. Não pode ficar impune diante de tanta irresponsabilidade.”

Bolsonaro participou ontem de ato contra o isolamento social e a favor de intervenção militar, causando aglomerações e gerando reação de políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal.

Randolfe Rodrigues ainda discorreu sobre a pandemia do coronavírus, que ameaça sobretudo as populações mais pobres do País.

“Estamos vivenciando a mais grave crise planetária do último século”, afirmou Randolfe. “Crise que definirá o futuro da humanidade”, continuou.

Para o líder da minoria, há consenso entre economistas de diferentes matizes ideológicos de que esta crise sanitária obriga os Estados Nacionais a gastarem, isto é, realizarem investimentos públicos para minimizar os efeitos da crise econômica associada à pandemia.

“As posições erráticas do presidente da República trazem instabilidade neste momento de crise, além de incoerências na condução das medidas de enfrentamento ao Coronavírus”, analisou. “Em outras palavras, medidas tomadas pelo Ministério da Economia chocam-se com orientações do Ministério da Saúde e outras esferas de governo. Tanto que tais incoerências serão analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU)”, concluiu.

PGR pede que Supremo investigue atos pela ‘intervenção militar’

O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (20), a abertura de um inquérito para investigar a organização de atos contra a democracia, incluindo deputados federais, o que justifica a competência do STF.

A investigação refere-se a atos realizados em todo o país, neste domingo (19), em que participantes pediram o fechamento de instituições democráticas, como o Congresso Nacional e o STF.

Aras, no entanto, não cita o fato do presidente Bolsonaro ter participado e discursado no ato realizado em Brasília. Mas nada impede que o STF use o inquérito para processar Bolsonaro.

O inquérito visa apurar possível violação da Lei de Segurança Nacional (7.170/1983). Uma das pautas de parte dos manifestantes era a reedição do AI-5, o ato institucional que endureceu o regime militar no país.

“O Estado brasileiro admite única ideologia que é a do regime da democracia participativa. Qualquer atentado à democracia afronta a Constituição e a Lei de Segurança Nacional”, afirmou o procurador-geral, Augusto Aras.

O presidente Jair Bolsonaro intensificou a escalada contra a democracia neste domingo (19) ao participar de uma manifestação de caráter golpista em frente ao Quartel Geral do Exército em Brasília. O chefe do executivo engrossou o coro dos manifestantes que pediam um golpe militar, um novo AI-5, o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).