Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, continua internado na UTI

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, luta contra o coronavírus e pela própria vida; ele segue na UTI.
O primeiro-ministro Boris Johnson, da Reino Unido, passou sua segunda noite na UTI e tem a condição de saúde estável, “respondendo ao tratamento” para o coronavírus, disse um porta-voz na quarta-feira (8).

Johnson foi internado no hospital St. Thomas em Londres no domingo e transferido no dia seguinte para a unidade de terapia intensiva (UTI), onde recebeu oxigênio, mas não foi colocado em um ventilador.

O primeiro-ministro não está sofrendo de pneumonia, disseram seus assessores na terça-feira (7), mas sua doença trouxe preocupações sobre a capacidade do governo de tomar grandes decisões no meio do surto.

O Reino Unido tem 7.097 mortos e 60.733 casos confirmados de coronavírus nesta quarta-feira, dia 8 de abril. No mundo são 1.463.157 casos confirmados e 84.807 mortes.

Downing Street (sede oficial do governo britânico) se recusou hoje a comentar sobre o tratamento que Johnson estava recebendo ou a dizer quem o estava tratando, embora repetisse declarações anteriores de que ele está respirando sem assistência, além de receber oxigênio.

O escritório também observou que ele estava de bom humor, mas deixou claro que o secretário de Relações Exteriores, Dominic Raab, inicialmente pediu para substituir Johnson “sempre que necessário”, agora o fazia em período integral. O primeiro-ministro pode entrar em contato com quem precisa falar, mas não está trabalhando.

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Johnson ainda é o chefe do governo, mas a gravidade de sua doença significa que isso pode mudar rapidamente. Em um momento de extraordinário desafio, Raab já está atuando como presidente de um comitê importante da pandemia, enquanto o governo trabalha para controlar a propagação do vírus e estabilizar uma economia fortemente afetada pelas medidas de bloqueio impostas.

Preocupações com a saúde do primeiro-ministro surgem quando o governo se prepara para a próxima semana revisar medidas que fecharam grande parte da economia, embora ainda não haja sinais de um alívio iminente.

As autoridades alertaram na quarta-feira que o pico do surto no Reino Unido pode estar a pelo menos 10 dias, e que as negociações sobre flexibilização das restrições são prematuras. O prefeito Sadiq Khan, de Londres, alertou contra a redução das medidas impostas para conter a propagação do vírus.

“Acho que não estamos nem perto de suspender o bloqueio”, disse ele em entrevista à BBC. “Falo com especialistas regularmente: achamos que o pico, que é a pior parte do vírus, provavelmente está a uma semana e meia de distância.”

O Nightingale, o hospital de emergência que foi construído em menos de duas semanas em um centro de conferências de Londres, recebeu seus primeiros pacientes na terça-feira, disse um porta-voz na quarta-feira. Será capaz de fornecer tratamento de ventilação para mais de 2.800 pacientes.

Com informações do New York Times.