O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu na manhã desta sexta-feira (3), no Palácio do Alvorada, nova claque para espezinhar os governadores favoráveis à quarentena imposta por autoridades sanitárias.
A vítima desta manhã foi o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MD), que estendeu até 31 de maio a quarentena por causa do coronavírus.
Bolsonaro ouviu de apoiadores, vestidos de camisa amarela da seleção brasileira de futebol, que os setores de alimentos estão sofrendo com o fechamento de restaurantes. “Casas de materiais de construção estão abertas, por que nós que trabalhamos com produtos perecíveis estamos fechados?”, questionou um representante de comerciantes da cidade satélite de Taguatinga.
“Isso é coisa do governador. Acabei de ver um vídeo dele fazendo um churrasquinho na casa dele”, disse o presidente da República. “Eu vou pensar no que fazer nesse caso”, prometeu ao comerciante.
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Outro manifestante bolsonarista chamou de “pilantras” os integrantes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal.
Bolsonaro comparou o coronavírus a uma chuva, que, segundo ele, vai molhar todo mundo e voltou a defender a abertura
“Esse vírus é igual uma chuva. Vai molhar 70% de vocês, até conseguir anticorpos. Quem é idoso e doente vai ter problemas sérios. Tem um detalhe: a sociedade não aguenta três meses parada. Vai quebrar tudo. Tem demagogia da imprensa aí”, afirmou o presidente.
“A opinião pública está vindo para o nosso lado, aos poucos. Morre-se de gripe, H1N1. É terrorismo, terrorismo”, completou.
Entre orações evangélicas, ataques ao governador do DF e à China, os bolsonaristas repetiram que Ibaneis está fazendo “churrasquinho” e chamaram o país asiático de “Chinavírus”.
Assista ao vídeo:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.