Argentina decreta moratória das dívidas interna e externa por causa do coronavírus

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou nesta segunda-feira (6) moratória das dívidas internas e externa até 2021.

A moratória de um ano tem como objetivo garantir fundos para o país vizinho enfrentar a pandemia do coronavírus. A mexida é para reforçar o orçamento público da saúde.

O governo argentino publicou um Decreto de Necessidade e Urgência para congelar desde dezembro de 2020 os pagamentos de dívidas contraídas em moeda local e o pagamento da dívida externa com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Os pagamentos de credores locais e privados, de US$ 9,8 bilhões, serão reprogramados para 2021.

Fernández tenta adiar, também, o pagamento de títulos da dívida emitidos em moeda americana. O presidente busca uma solução negociada com os credores internacionais.

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A moratória pode ser uma saída para o Brasil
O Brasil não tem mais dívidas com o FMI, como a Argentina. O governo Lula em 2016, mas o tesouro nacional ficou refém de banqueiros e agiotas.

Neste ano de 2020, os brasileiros irão pagar R$ 1,6 trilhão de juros e amortizações da dívida interna cujos beneficiários são os especuladores de fundos de investimentos. Esse valor equivale a 45% do Orçamento da União estimado em R$ 3,6 trilhões.

Portanto, à luz da Covid-19, nada mais justo o Brasil decretar moratória de sua dívida interna até 2022. Nesse período, por óbvio, caberia ainda uma auditoria independente sobre os valores.