Adolescente de 15 anos é o primeiro ianomâmi a morrer após contrair coronavírus

O adolescente Alvanei Xirixana, 15, o primeiro indígena ianomâmi contaminado pelo novo coronavírus, morreu na noite desta quinta-feira (9), no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista. Ele estava internado em um leito de UTI desde 3 de abril.

Segundo o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) que atende a região, Alvanei era natural da aldeia Rehebe, nos domínios da Terra Indígena Ianomâmi, mas passou a morar no município de Alto Alegre, a 87 quilômetros da capital de Roraima. O motivo da mudança para a Terra Indígena Boqueirão foi dar continuidade aos estudos do ensino fundamental. Ainda segundo o Dsei, o adolescente morava com uma liderança indígena.

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Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades.

Economia

Ambas alertam que ao menos outros dois indígenas contaminados pelo novo coronavírus já morreram e que o governo federal não registrou as ocorrências no balanço. As vítimas seriam uma mulher da etnia borari, de 87 anos, que morreu em Alter do Chão, no município de Santarém (PA), e um homem de 55 anos, do povo mura, morto em Manaus.

Com informações da DW.