Tem que ver isso aí, as votações sem quórum, tá ok?

Trabalhadores pagarão a conta do novo ajuste fiscal de Bolsonaro e Guedes.

A oportunidade faz o ladrão, diz o ditado popular. E o Congresso vê o cavalo encilhado passando com a crise do coronavírus, por isso trama votar matérias espinhosas que dificilmente passariam em tempos de normalidade, a exemplo da reforma administrativa e mais privatizações.

O plenário da Câmara, mesmo sem quórum, está reunido para votar uma medida provisória de Jair Bolsonaro que reconhece o estado calamidade pública por causa do COVID-19.

Onde passa um boi, passa uma boiada. Ou seja, Câmara e Senado podem usar a comoção para votar matérias polêmicas sem observar os quóruns qualificados para tal.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já enfiou os jabutis da reforma administrativa e da privatização da Eletrobras nesse pacote.

LEIA TAMBÉM
Taxa Selic cai para 3,75% ao ano, mas e daí? Nada

Bolsa vira pó e Dólar bate no Céu; perdas chegam a R$ 2,8 tri em 2020

Economia

Orlando Silva será o relator do Decreto de Calamidade Pública

O governo quer meter a mão de R$ 600 bilhões entre ativos e desmantelamento do serviço público essencial. Em contrapartida, Bolsonaro e Guedes prometem R$ 80 bilhões de dinheiro velho (remanejamento) de orçamento.

Para quem sabe operações simples de matemática, o triunvirato neoliberal –Maia, Alcolumbre e Toffoli– quer formar um superávit primário de R$ 600 bilhões para pagar os juros dos bancos, mas planejam “disponibilizar” a miséria de R$ 80 bilhões para alguns setores.

Em síntese: o Congresso, com a retaguarda da velha mídia, prepara um golpe para salvaguardar os interesses dos banqueiros e, mais uma vez, ferrar o povo brasileiro.