“Se Dilma sair, PIB dobra”, era o conto do vigário há 4 anos

No dia 14 de março de 2016, há quatro anos, o site de extrema direita O Antagonista expressou como o País caiu no conto do vigário.

“Se Dilma sair, PIB dobra”, escreveu o Anta, colocando um asterisco (*) de atualização no “dobra”.

O pibinho de 1,1% do presidente Jair Bolsonaro, divulgado nesta quarta (4), mostrou que mentira de perna curtíssima.

Mas havia outras “previsões” catastróficas desse site e de outras agências de especulação acerca do PT e do ex-presidente Lula.

O terrorismo na campanha pelo impeachment e pela eleição de Bolsonaro também envolvia o preço do dólar. Tem uma fake news que dizia que vitória de Lula, em 2018, elevai a moeda americana para R$ 4,20. Já está custando quase R$ 5.

A reforma trabalhista, segundo o pessoal que “dobra” PIB, geraria 6,3 milhões de novos empregos. Mas o que se produziu foi desemprego, precarização da mão de obra e informalização. Mais da metade da população economicamente ativa (50 milhões de pessoas) foi jogada no limbo.

Economia

E a reforma da previdência? Outra mentira. Sites, jornalões, Congresso e governo juravam que seriam gerados novos 4 milhões de empregos. Como diria o ministro Sérgio Moro: quá, quá, quá, quá… Aumentou a fila de idosos no INSS. Um horror.

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Voltemos à promessa do Antagonista, cuja postagem eu reproduzo na íntegra:

Se Dilma sair, PIB dobra*

A projeção de recuperação do PIB para crescimento de 1% em 2017 passa para até 2% caso haja mudança no governo, segundo análise do Banco Fibra. Perspectivas negativas de empresários seriam revertidas ainda no segundo semestre deste ano.”

O Antagonista se vira nos 30 para explicar ao distinto público o “golpe” do qual ele foi parte, que hoje desgraça a economia.

“*Atualização: este post vem sendo usado por petistas e assemelhados para tentar minar a nossa credibilidade. Evidentemente, como está claro no texto, o “PIB dobra” é elíptico. A notícia é sobre a projeção de crescimento do PIB, na análise do Banco Fibra. E o fato é que, de uma baixa de 3,5% em 2015 e 3,3 em 2016, o PIB brasileiro teve um crescimento de 1,06% em 2017 e 1,12% em 2018. Dilma colocou o país no buraco e Michel Temer o tirou, apesar de todos os acontecimentos político-policiais que atingiram o sucessor da petista e contribuíram para segurar a economia.”