Panelaços contra Bolsonaro chegam até a periferia nesta noite


O presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços em diversas capitais e municípios brasileiros, nesta terça-feira (31), durante o pronunciamento às 20h30 em cadeia nacional de rádio e televisão. Enquanto Bolsonaro discursava sobre a crise do novo coronavírus, ouvintes e telespectadores demonstraram insatisfação com o governo por meio do barulho de panelas e de palavras de ordem.

A manifestação tem sido comum nas duas últimas semanas, durante as aparições do presidente em meios de comunicação. A novidade desta noite é que os panelaços se estenderam também por bairros populares e comunidades das periferias das capitais.

No Rio de Janeiro, além do protesto em bairros da Zona Sul – como Leblon, Ipanema, Copacabana, Leme, Botafogo, Humaitá, Catete, Urca, Jardim Botânico -, ocorrerram panelaços no Vidigal, na Rocinha e em bairros da Zona Norte como Riachuelo, Vila Isabel e Grajaú – e também em bairros da populalosa Zona Oeste.

Em São Paulo o panelaço foi mais forte do que em dias anteriores. Nas Zonas Oeste e Sul, além do Centro, as manifestações começaram antes da cadeia nacional. Em Pinheiros e Jardins, pessoas nas janelas dos prédios gritavam “Fora, Bolsonaro” durante a fala do presidente. Houve também manifestações intensas na Vila Olímpia, Moema, Higienópolis e Bela Vista. Além desses bairros de classe média alta e média, também houve protestos em áreas de ocupação na periferia e nos bairros populares da Zona Leste paulistana – São Mateus, Guaianazes, entre outros.

Em Curitiba, as panelas também soaram no Capão Raso, Novo Mundo, Boqueirão e diversas áreas da Cidade Industrial, na Zona Sul de Curitiba.

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Em Fortaleza, moradores também bateram panelas contra Bolsonaro. Os ruídos foram escutados nos bairros Cocó, Dionísio Torres, Aldeota, Cambeba, Meireles, Bairro de Fátima, Varjota, Cidade dos Funcionários e Mucuripe.

Na capital federal também houve panelaço contra o presidente em regiões de classe media-alta. Há relatos de protestos na Asa Norte, na Asa Sul, no Sudoeste, em Águas Claras no Guará II e no Cruzeiro Novo.

Em Salvador e Recife protestos ocorreram em bairros localizados fora da área central.

O pronunciamento de Bolsonaro não abordou quando o governo vai sancionar o seguro quarentena. Além disso, o presidente voltou a falar da cloroquina como um possível componente fármaco para o combate ao coronavírus, algo não comprovado pela comunidade científica.

*Com informações de O Globo