Luciano Huck estuda abandonar sociedade com dono do Madero

“Eu sei que vão morrer cinco ou sete mil pessoas”, disse o sócio de Luciano Huck, que pode deixar o negócio com o dono do Madero.

O apresentador Luciano Huck, da Globo, está sendo aconselhado por amigos e correligionários a abandonar a sociedade com Junior Durski, dono da rede de sanduíches Madero, caso ele deseje ingressar na carreira política.

Huck é pré-candidato à Presidência da República, em 2022, e tem adotado linha diferente de seu sócio. O apresentador global tem se esforçado para mostrar um lado mais humano, empático, traduzido em propostas de políticas públicas. A última dele, por exemplo, foi defender uma renda mínima para os mais vulneráveis durante a pandemia do coronavírus.

Já Durski, ao contrário, tem publicado vídeos nas redes sociais em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, como aquele convocando as manifestações do último dia 15 de março contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

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Mas a gota d’água para o rompimento da sociedade, segundo fontes do Blog do Esmael, em Curitiba, teria sido o vídeo no qual Durski dá mais importância à venda de sanduíches do Madero do que a vidas.

“Eu sei que vão morrer cinco ou sete mil pessoas”, disse o sócio de Huck. ““As consequências que vamos ter economicamente no futuro serão muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus”, completou o apático Junior Durski.

O dono do Madero, desde ontem à noite, é um dos assuntos mais comentados no Twitter. Evidentemente, Junior Durski carrega nas discussões a carga negativa de sua declaração: ‘Não podemos [parar] por causa de 5 ou 7 mil pessoas que vão morrer’.

As autoridades sanitárias do Brasil –e do mundo– recomendam que as atividades não essenciais parem para que não haja infecção em massa com o Covid-19. Neste contexto, Luciano Huck parece estar mais alinhado ao mundo do que a Bolsonaro.