Lava Jato perde mídia para o coronavírus nos seis anos de existência

O coronavírus derrotou a Lava Jato do ponto de vista do marketing. A força tarefa completa nesta terça-feira (17) seis anos de existência respirando por aparelhos, sem mídia.

Além de ser ofuscada pelo coronavírus, a operação surgida em 2014 também teve sua imagem danificada com a ida do ex-juiz Sérgio Moro para o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

A associação da força-tarefa com o bolsonarismo cristalizou a ideia de que se tratou de uma articulação política-judicial para perseguir possíveis adversários do capital financeiro nesses último 6 anos.

O site The Intercept Brasil, por meio da série Vaza Jato, revelou ao mundo que procuradores e o então juiz Moro se associaram com o intuito de disputar o poder com o ex-presidente Lula e o PT. Eles prenderam o petista para garantir a vitória de Bolsonaro e, após a eleição, participar do governo de extrema direita que aí está com cargos nos aparelhos de repressão.

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Para efeito de propaganda, a Lava Jato costuma jactar-se de supostos dinheiros recuperados e de penas aplicadas nesse período –óh, 2.286 anos e sete meses!–, como se a força-tarefa tivesse revogado o princípio da intranscendência da pena.

Tal princípio da intranscendência tem previsão no art. 5º, XLV, da Constituição, estabelecendo que somente o condenado, e mais ninguém, pode responder pelo fato praticado, pois a pena não pode passar da pessoa do condenado. Ou seja, a soma de penas é fake news pura.

Fora essas aberrações jurídicas, a Lava Jato também é sócia no desmonte de empregos e da indústria da construção civil pesada. Ao menos 3 milhões de postos de trabalho se perderam em virtude de ações supostamente voltadas ao enfrentamento da corrupção.

Falando em corrupção, em outra reportagem do Intercpet, na semana passada, veio à tona que a força-tarefa Lava Jato manteve colaboração ilegal com o governo dos Estados Unidos.

A história ainda vai mostrar que a Lava Jato e Moro foram muito piores para o Brasil do que o coronavírus. A conferir.