COVID-19: médicos fazem vaquinha para comprar kits higiênicos em Curitiba

Enquanto o Brasil continua acéfalo, sem presidente da República, a sociedade se movimenta pelo princípio da solidariedade. É o caso de médicos de Curitiba, que se cansaram de esperar por iniciativas de Jair Bolsonaro e, por isso, lançaram uma campanha para arrecadar dinheiro para comprar cestas básicas e kits higiênicos.

Embora a Câmara tenha votado nesta quinta-feira (26) auxílio emergencial no valor de R$ 600, por três meses, às pessoas de baixa renda, esse montante não é suficiente para aplacar a fome e o desespero nesse período de isolamento social. Até a Rede Globo, pró-mercado financeiro, reconhece que o Estado tem que priorizar a vida das pessoas.

Votemos ao bonito gesto de médicos do Hospital do Trabalhador, Hospital das Clínicas da UFPR e Hospital da PMPR.

Como contribuição e protesto contra a acefalia no Planalto, o Blog do Esmael divulga o apelo dos profissionais da Saúde:

“Caros, não importa se apoiamos o economista ou o infectologista. Se fizermos quarentena horizontal, vertical ou não fizermos quarentena.

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Fato é que em todos os países em que o Covid 19 passou trouxe grande impacto na estrutura de saúde e econômica.

Sendo a população mais afetada aquela que já se encontra em situação de vulnerabilidade.

Por isso estamos apoiando a iniciativa do Dr. Nelson de Souza, Cirurgião do Hospital do Trabalhador e Dr. Julio Macedo, Cirurgião do HC UFPR e Major Médico da PMPR em arrecadar doações múltiplas de R$ 60,00 para aquisição de cestas básicas e kits higiênicos. Para essa primeira ação, temos a data de 02.04.20, quinta feira como objetivo de arrecadação.

Num cenário de dúvidas a única certeza é que precisaremos ser solidários.

Agradeço antecipadamente a quem puder contribuir.

Carlos Loyola.”

Quanto a Bolsonaro, ora Bolsoanro continua com sua tese negacionista sobre a propagação e a mortalidade do coronavírus. Ele defende o fim do isolamento, a reabertura de estabelecimentos comerciais e escolas porque acredita que se trata de apenas uma “gripezinha”.

Ao pedir o levantamento das restrições, Bolsonaro estimulou beócios saírem em carreatas pelo o encerramento do período especial no Brasil. Porém, os hospitais continuam lotando de vítimas da COVID-19.

Nesta sexta-feira (27), foram confirmados 3.036 casos do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil com 78 mortos.