O remédio em teste contra coronavírus, a cloroquina, foi responsável pela intoxicação de duas pessoas em em Lagos, na Nigéria. A informação é da Folha de S. Paulo, neste domingo (22).
O medicamento a base da hidroxicloroquina foi apontada como solução para “curar” a Covid-19 neste sábado (21) pelo presidente Jair Bolsonaro, que anunciou o Exército produzindo a droga em escala industrial.
A corrida pela coloroquina começou depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quinta (19) que o medicamento estava sendo usando no tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus. A mesma declaração repetiu ontem Bolsonaro, em Brasília, em vídeo publicado nas redes sociais.
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Em Lagos, na Nigéria, a cloroquina sumiu do mercado. E no Brasil, as autoridades sanitárias correram para negar os efeitos milagrosos do medicamento em teste no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
A coloroquina é usada por pacientes com lúpus e artrite reumatoide.
Apesar do entusiasmo do presidente Jair Bolsonaro, o Hospital Albert Einstein desmentiu que já tivesse a cura do Covid-19; a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também reprovou especulações irresponsáveis; e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) igualmente alertou os magistrados sobre a falsa cura pela cloroquina e hidroxicloroquina.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.