Bolsonaro pode ser preso, se colocar em risco a população

A nova portaria editada nesta terça-feira (17) pelos ministros Sérgio Moro (Justiça) e Henrique Mandetta (Saúde), para o combate à pandemia de coronavírus, ponde prender inclusive o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) –se ele voltar a colocar em risco a saúde da população.

De acordo com a norma dos dois ministérios, fica autorizado o uso da força policial para forçar indivíduos suspeitos de contaminação a ficar em isolamento ou quarentena e estabelecendo crimes no caso de descumprimento das medidas.

As autoridades sanitárias poderão “solicitar o auxílio de força policial nos casos de recusa ou desobediência” e “a autoridade policial poderá encaminhar o agente à sua residência ou estabelecimento hospitalar para o cumprimento das medidas”.

O Ministério da Saúde informou hoje que o país tem 291 casos confirmados do coronavírus, com duas mortes.

O maior símbolo da irresponsabilidade de Bolsonaro foi sua participação, no domingo (15), da manifestação contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

LEIA TAMBÉM
Bolsonaro corre sério risco de impeachment, diz ex-ministro da Justiça

Economia

Protestos nesta quarta-feira serão da janela e pelas redes

Rumores apontam que o ‘Véio’ da Havan abandonou Bolsonaro

Ato contínuo, um homem haitiano deu um escracho no presidente. “Você está entendendo, eu estou falando brasileiro. Bolsonaro, acabou. Você está recebendo mensagem no seu celular. Todo mundo, todo brasileiro está recebendo mensagem no celular. Você não é presidente mais”, disse.

Abstraindo suas diversas políticas com os outros poderes, o presidente da República colocou em risco pessoas que cumprimentou e se aproximou durante ato em frente ao Palácio do Planalto.

Por recomendação de infectologistas, Bolsonaro deveria ter permanecido em isolamento até a saída de novo exame para o coronavírus.

O presidente Jair Bolsonaro fez somente nesta terça o segundo teste para identificar se contraiu o novo coronavírus, informou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.