A CNN Brasil, que foi ao ar pela primeira vez no dia 15 de março, dia das manifestações bolsonaristas pelo fechamento do Congresso Nacional e do STF, tem apanhado feio de seu maior alvo e concorrente: a Globo News. O canal da Globosat foi o que obteve maior audiência na TV por assinatura neste período de avanço do coronavírus e de crescimento da oposição ao governo Bolsonaro.
A imagem da versão brasileira da CNN ainda é bastante controversa. A emissora abrigou em seu cast de jornalismo notórios bolsonaristas e tem apresentado um viés governista em seus telejornais, poupando o presidente Bolsonaro e seus ministros.
Já a Globo News, iniciou um processo de maior abertura para as críticas ao governo bolsonarista. Âncoras e apresentadores tem elevado o tom crítico na cobertura dos atos do governo e, principalmente, nas ações para enfrentar a crise da economia, agravada pela pandemia do Covid-19.
No ranking, a Globo News conquistou a primeira posição entre os canais pagos e ficou em quarto lugar na lista com todas as emissoras, incluindo as emissoras abertas. Perdeu apenas para Globo, SBT e Record. Ao todo, mais de três milhões de espectadores passaram pelo canal para acompanhar toda a cobertura sobre o alarmante coronavírus, que se espalha com rapidez pelo país.
É um número que destaca um crescimento de 95% em relação ao Ibope registrado nos domingos de 2020.
Enquanto que a CNN registrou uma audiência de aproximadamente 0,8 ponto, o mesmo que a Band na TV aberta.
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A Globo registrou a maior audiência do ano na última segunda-feira, 23 de março. Na faixa das 6h às 5h59, a emissora registrou 17,9 pontos de média na Grande São Paulo. Isso significa que, ao longo das 24 horas do dia, praticamente 18% dos televisores da maior região metropolitana do país ficaram ininterruptamente ligados na Globo.
Além disso, a Globo News abriu o sinal via as principais operadoras do país (Claro, Sky, Vivo e Oi).
Neste período de pânico e de busca frenética de notícias, a Globo News deixou a CNN-Brasil comendo poeira. A emissora da Rede Globo também busca segurar o crescimento de sites que operam em plataformas como Youtube e de diversos serviços oferecidos por canais de streaming. (M.A)
*Com informações de UOL Televisão e Notícias da TV
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.