15 de março é a ‘tábua de salvação’ para Bolsonaro, diz dono da Parana Pesquisas

Murilo Hidalgo, dono da Paraná Pesquisas, vê a manifestação do próximo domingo –15 de março– como ‘tábua de salvação’ do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o pesquisador, a convocação das ruas para defendê-lo é o reflexo da falta de base no Congresso e nos demais setores institucionalizados na sociedade.

Hidalgo recorda do recente embate entre governo e Congresso Nacional acerca do orçamento impositivo. Praticamente ninguém tomou suas dores e prevaleceu a vontade de deputados e senadores, que passaram a controlar diretamente cerca de R$ 20 bilhões a título de emendas parlamentares.

O dono do instituto de pesquisas entende como “astúcia” e “pragmatismo” de Bolsonaro que, ao modo de pensar do presidente da República, ‘custa mais barato lidar com o Centrão por empreitada do que possuir base própria no Congresso.’ “Por isso ele adiou o registro do Aliança pelo Brasil”.

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Para agravar ainda mais a situação, afirma o CEO da Paraná Pesquisas, a falta da solução para a crise econômica levou Bolsonaro a pisar o freio e adiar o registro de seu novo partido, o Aliança Pelo Brasil. De caso pensado, analisa Hidalgo, o presidente da República decidiu “pular” a eleição de 2020 porque ele seria candidatíssimo a ser o maior derrotado.

O problema é se falhar a mobilização do próximo dia 15 de março. Há o medo do coronavírus e os “boletos” para serem pagos no início deste ano, no pós-Carnaval, qual seja, a “vida real” pode falar mais alto do que guerra política de Bolsonaro contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e setores da velha mídia corporativa.