TST considera greve ilegal e Petrobras ameaça demitir trabalhadores


O ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), considerou ilegal a greve dos petroleiros. Em decisão publicada nesta segunda-feira (17), Granda atende as demandas da diretoria da Petrobras, que pedia a ilegalidade do movimento grevista da categoria.

“Os prejuízos à sociedade são incomensuráveis com a continuidade da greve e o julgamento do dissídio coletivo está marcado apenas para o próximo dia 9 de março, quando será resolvida definitivamente a questão, não se podendo tolerar a continuidade da paralisação nas condições em que se dá, até aquela altura”, afirma em decisão.

O ministro reconhece a “a abusividade e ilegalidade do movimento paredista dos petroleiros”, estabelece multa diária que pode chegar a R$ 500 mil e ainda permite a demissão de grevistas.

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A greve nacional dos petroleiros já dura 17 dias e paralisou 121 unidades do sistema Petrobras. Comandada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), é considerada a maior paralisação da estatal desde 1995.

A greve é contra a privatização fatiada do Sistema Petrobras. Além de lutar contra o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), que, se consumada, vai ocasionar a demissão de mais de mil trabalhadores.