O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia decidiu nesta quinta-feira (20) inabilitar a candidatura do ex-presidente Evo Morales ao Senado do país nas eleições de 3 de maio.
Segundo o TSE, a decisão foi tomada porque o Morales não cumpre “o requisito de residência permanente” na Bolívia. Após sofrer um golpe em novembro do ano passado, o ex-presidente boliviano foi para o exílio, primeiro no México e depois na Argentina.
Pelo Twitter, Morales comentou a decisão da corte eleitoral.
“A decisão do Tribunal Supremo Eleitoral é um golpe contra a democracia. Os membros da @TSEBolivia sabem que eu cumpro todos os requisitos para ser candidato (senador por Cochabamba). O objetivo final é a proscrição do MAS (Movimento ao Socialismo)”, escreveu o ex-presidente na rede social.
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Pelo mesmo motivo, o tribunal também inabilitou a candidatura ao Senado de Diego Pary, ex-ministro das Relações Exteriores de Morales.
O TSE decidiu, no entanto, endossar a candidatura à presidência da Bolívia do ex-ministro da Economia Luis Arce, representante do MAS.
Arce, lidera as pesquisas de intenção de voto com 31,6%. Ele aparece 14,5 pontos percentuais à frente de Carlos Mesa, que obteve 17,1% de apoio na pesquisa. A presidente interina Jeanine Áñez, por sua vez, tem 16,5%.
La decisión del Tribunal Supremo Electoral es un golpe contra la democracia. Los miembros del @TSEBolivia saben que cumplo todos los requisitos para ser candidato. El objetivo final es la proscripción del MAS.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) February 21, 2020
Com informações da Telesur.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.