Os trabalhadores da Casa da Moeda do Brasil (CMB) fizeram nesta segunda-feira (3) uma greve de advertência de 24 horas contra a privatização ou extinção da estatal planejada pelo governo de Jair Bolsonaro e o corte de benefícios trabalhistas conquistados pela categoria.
A greve, que parou a produção de moedas e cédulas, passaporte, medalhas de premiações especiais e selos postais, é pela manutenção das regras das cláusulas sociais garantidas no acordo coletivo de 2019, como plano de saúde e auxílio-transporte, e também contra a privatização da estatal que vem sendo colocada entre as empresas que podem ser vendidas desde o governo do ilegítimo Michel Temer.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Moedeiros, Aluizio Junior, em dezembro, a direção da Casa da Moeda comunicou os trabalhadores das modificações que estava fazendo nas cláusulas do acordo coletivo, entre elas o aumento do percentual descontado do salário pelo plano de saúde e do auxílio-transporte, além do fim do seguro de vida.
Segundo a direção do Sindicato dos Moedeiros, os cortes representam perda salarial média de R$ 2.500 e que parte dos funcionários virá com contracheque zerado no fim do mês. Eles rejeitaram a proposta de acordo provisório com vigência até o julgamento do dissídio pelo TST, marcado para março deste ano.
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“A luta é pelo restabelecimento das cláusulas sociais e do nosso poder econômico, mas a luta maior é contra a privatização e nos juntamos aos petroleiros, bancários e outras categorias para formar uma grande resistência para salvar a soberania nacional e expulsar este governo que não tem amor pelo Brasil nem pelo povo brasileiro”, disse Aluizio Junior durante o protesto realizado ontem em frente à Casa da Moeda.
A Casa da Moeda, empresa pública vinculada ao Ministério da Economia, fundada em 8 de março de 1694, há 326 anos, está entre as 17 estatais incluídas no programa de desestatização do governo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.