“Adeus, Lênin”, escreveu no começo de janeiro o jornalista Ricardo Cappelli, o “Steve Bannon” das esquerdas, ao anunciar o fim da foice e o martelo como símbolos do PCdoB.
Dito e feito.
O centenário Partido Comunista do Brasil deixou para a história os signos que identifica a aliança do operário urbano, o martelo, com o trabalhador do campo, a foice.
Nesta semana, a agremiação lançou o novo site do “Comuns“, sua nova nomenclatura, em que aponta seus valores:
- Inovação
- Direitos Humanos
- Democracia
- Resistência
- Meio Ambiente
Por ora, o antigo PCdoB –agora “Comuns”– deixa de lado a “revolução socialista” porque tem uma eleição para disputar já em 2020.
O “Comuns”, bem como seu site, será lançado oficialmente no próximo dia 13 de fevereiro em São Paulo.
Dentre as lideranças esperadas estão a jornalista e escritora Manuela D’avilla e o governador do Maranhão Flávio Dino. Ambos candidatíssimo às próximas eleições de 2020 e 2022, respectivamente.
Dino sonha com a Presidência da República e “Manu” almeja a Prefeitura de Porto Alegre. Ela lidera as pesquisas de intenção de votos.
A nova tática do antigo PCdoB visa angariar candidatos às eleições vindouras, haja vista o fim das coligações proporcionais, e obter musculatura para que escapar da cláusula de barreira.
Nas eleições de 2022, só terão acesso ao fundo e ao tempo de TV a partir de 2027 aqueles partidos que receberem 2% dos votos válidos obtidos nacionalmente para deputado federal em 1/3 das unidades da federação, sendo um mínimo de 1% em cada uma delas; ou tiverem elegido pelo menos 11 deputados federais distribuídos em 9 unidades.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.