Para se livrar de Moro em 2022, Bolsonaro quer nomeá-lo já no STF

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, pode “cair para cima” já em novembro deste ano com a aposentadoria obrigatória do decano Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF).

Quando os magistrados da corte máxima completam 75 anos eles são compulsoriamente aposentados. No horizonte próximo, além de Celso Mello, se aposentam Napolão Nunes Maia Filho, em dezembro de 2020, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O ministro Marco Aurélio Mello vai deixar o STF em julho de 2021, quando assoprará as suas 75 velinhas.

É nesse contexto que surge Moro.

O ex-juiz da Lava Jato entrou em rota colisão com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), autoridade que indica os ministros para o Supremo.

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Moro é ministro mais popular no governo e Bolsonaro não tem força política para demiti-lo. Se o fizer, calcula, oficializaria o titular da Justiça como adversário na eleição presidencial em 2022.

Para se livrar de Sérgio Moro nas urnas, Bolsonaro o indicará para o STF. O ex-juiz cairia para cima, portanto, e deixaria de ser um fantasma político para o presidente da República.

Só que não (#SQN).

O ministro Sérgio Moro ainda pode chifrar politicamente Jair Bolsonaro, mesmo depois de indicado para o Supremo Tribunal Federal. Ele pode garantir a vaga no STF, mas, efetivamente não assumi-la para candidatar-se à Presidência da República.

Com vaga ou sem vaga no STF, Moro é candidatíssimo ao Palácio do Planalto em 2022. Ele vê o cavalo encilhado passando em sua frente e que dificilmente retornará.