Bolsonaro faz hora extra no Palácio do Planalto; impeachment já era esperado no ano passado

Presidente Jair Bolsonaro já está no lucro, pois a previsão era de impeachment no final de 2018.
Há um ano e três meses, antes de assumir, um bolão informal dava apenas 1 ano para Jair Bolsonaro caísse. O impeachment era favas contadas para a frente política. Então, deduz-se, o capitão faz hora extra no Palácio do Planalto. Ele já está no lucro.

Em dezembro de 2018, antes da posse de Bolsonaro, o então senador Roberto Requião (MDB-PR) previu “curta duração” para o governo Bolsonaro. Para o emedebista, na época, essa história de desprezar as instituições democráticas já foi vista antes nos governos Jânio Quadros, que renunciou em 1961, e Fernando Collor de Mello, que sofreu impeachment em 1992.

A versão “comunista” de Bolsonaro era melhor e duraria mais, opina Requião.

Chamando o presidente de “Bolsonaro, o Breve”, Roberto Requião disse que é legítimo o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

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“Não se pode respeitar [o resultado eleitoral] quando há fraude”, reitera Requião. “Ninguém votou pela privatização do pré-sal, da Petrobrás e pelo fim da aposentadoria com a picaretagem da reforma da previdência”, afirma o ex-senador emedebista, que preside a Frente Ampla pela Soberania Nacional.

Sobre o presidente Bolsonaro compartilhar vídeo convocando manifestação no dia 15 de março contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Requião mandou um recado para os mais desavisados:

“Não serei eu a fazer a defesa absoluta do Judiciário e do Congresso Nacional, conheço suas mazelas, em profundidade. Mas se [você] for à luta dia 15 atendendo convocação do Bolsonaro é porque, no mínimo, o coronavírus já comeu seu cérebro”, disse.