OCDE é um “terreno na Lua” que Bolsonaro comprou de Trump

O economista britânico John Maynard Keynes tinha uma máxima segunda qual “a longo prazo todos nós estaremos mortos”. E é isso que a Globo e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resolveram prometer a milhões de brasileiros sem emprego e renda.

A nova velhacaria diz respeito à suposta entrada do Brasil na Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um grupo formado por 36 países mais ricos do planeta cuja sede fica em Paris, na França. O objetivo do órgão é perpetuar o capitalismo por meio de práticas do livre comércio, blá, blá, blá.

Explicado que bicho é esse, a tal OCDE, o governo Bolsonaro estima que daqui a dois anos o País será admitido no grupo dos ricos. Não há nenhum documento que comprove isso, mas é a fake news do momento que a Globo dissemina para aliviar a barra do “Capetão” — como dizem os petistas.

No primeiro semestre, Bolsonaro havia dito e tuitado que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha assumido o compromisso de apoiar o Brasil na OCDE. Seria uma espécie de paga pela subserviência do colega brasileiro que se comporta como um poodle na diplomacia mundial, motivo de chacotas aqui e alhures.

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Para azedar ainda mais o arroz doce, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, rejeitou um pedido para discutir uma nova ampliação da OCDE, de acordo com a cópia de uma carta enviada ao secretário-geral da entidade, Angel Gurria, em 28 de agosto.

Na carta, o secretário de Estado americano deixou claro que Washington apoia apenas as candidaturas de adesão de Argentina e Romênia.

Entretanto, no contexto da agressão ao Irã, Trump volta a vender “terreno da Lua” para Bolsonaro. Parece que o “Capetão”, com a chancela da Globo, resolveu comprar a parada outra vez. É o factoide do momento, que, na prática, não gera um único emprego “bom” no Brasil.