O subprocurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu nesta sexta-feira (24) ao tribunal que avalie se houve irregularidade no gasto de R$ 48 milhões em uma auditoria no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A auditoria, que analisou negócios entre o banco e empresas do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, concluiu que não houve irregularidades nas operações. O alvo principal foram operações realizadas durante governos petistas.
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Os R$ 48 milhões foram pagos a um escritório de advocacia estrangeiro, o Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que subcontratou um escritório de advocacia brasileiro, o Levy & Salomão. O relatório tem oito páginas. Seria como se cada folha custasse R$ 6 milhões.
Na representação, Furtado afirmou que é necessário que o TCU apure se o valor do contrato está de acordo com o praticado no mercado e se a própria contratação dos escritórios foi realizada obedecendo a legislação.
O BNDES contratou a auditoria durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), mas os valores foram pagos na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A abertura da “caixa-preta do BNDES” foi uma das missões dadas por Bolsonaro ao presidente do banco, Gustavo Montezano, que tomou posse em julho.
Com informações do G1.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.