MP denuncia ex-presidente da Vale e mais 15 pessoas por homicídio em Brumadinho

Ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou nesta terça-feira (21) a Vale a TÜV SÜD e 16 executivos das duas empresas por homicídio duplamente qualificado e crimes ambientais em razão do rompimento da barragem do Córrego de Feijão, em Brumadinho.

Um dos denunciados é justamente o ex-CEO da Vale, Fabio Schvartsman. A denúncia aponta que houve uma “relação de pressão”, recompensas e conflito de interesses entre a Vale e TÜV SÜD.

De acordo com o Ministério Público, dos indiciados 11 são da Vale e 5 da TÜV SÜD. As informações foram publicadas pela revista Exame.

LEIA TAMBÉM:
Lava Jato-RJ x Lava Jato-PR: cai a “Serra Pelada” das delações premiadas

Homem é preso em Santa Catarina por apologia ao nazismo

Glenn Greenwald comenta denúncia do MPF contra ele; assista

Economia

Conforme a investigação, a barragem apresentava uma “situação crítica”, mas as empresas “seguiram aprofundando a situação de emergência da barragem”.

Em nota, a TÜV SÜD informou que as causas do desastre “ainda não foram esclarecidas de forma conclusiva” e que a empresa “reitera seu compromisso em ver os fatos sobre o rompimento da barragem esclarecidos”.

Segundo o MPMG, ficou comprovada a “promíscua relação entre as duas empresas no sentido de esconder do poder público, sociedade e acionistas a inaceitável situação de segurança de várias barragens de mineração mantidas pela Vale”.

Desde a tragédia, o Corpo de Bombeiros permanece realizando buscas para encontrar os corpos. A barragem se rompeu em janeiro de 2019, resultando em 270 mortes e na destruição de casas e equipamentos públicos na cidade, que fica próxima à capital mineira, Belo Horizonte.

Por Sputnik Brasil