Moro tem agenda anti-Bolsonaro e anti-Lula para 2020

O Estadão tenta se portar como porta-voz do desespero do ministro Sérgio Moro, pré-candidato à Presidência da República em 2022, anunciando nesta segunda-feira (13) que o ex-juiz constrói uma agenda anti-Bolsonaro e anti-Lula para este ano.

Moro busca aliados na velha mídia para bombardear e adiar a implantação do juiz das garantias, bem como “revogar” a decisão do do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu a prisão após condenação em segunda instância.

Também causa paúra no ministro da Justiça a Lei de Abuso de Autoridade, que entrou em vigor no último dia 3 de janeiro.

Sérgio Moro teme esses três pontos assentados pelo Congresso Nacional e o STF:

  • Juiz das garantias
  • Proibição da prisão em segunda instância
  • Lei de Abuso de Autoridade

Os três pontos são garantias constitucionais para a sociedade, mas a Globo e o Estadão querem convencer a população de que esses direitos fundamentais não devam existir.

Sérgio Moro ainda não assimilou a derrota em maio de 2019 no caso Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Vingativo, ele sonha em retomar a pauta em 2020 (da vinculação do órgão na Justiça, ao invés da Economia).

Economia

O ex-juiz da Lava Jato, sempre em conluio com a velha mídia, luta para quebrar a polarização política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esse Fla-Flu eleitoral seria bastante ruim para os projetos presidenciais de Moro.

O melhor cenário para Moro, portanto, seria derrotar o Congresso impondo sua agenda; diminuir a importância política de Bolsonaro, desconsiderando sua sanção ao abuso de autoridade e ao juiz das garantias; mostrar para o Supremo que ele [ministro da Justiça] tem a força; vender a ideia ao eleitorado de que pode, sim, prender Lula e é o único capaz de derrotar o PT nas urnas; etc.

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