Em entrevista ao programa Pânico, na rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (27), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou ser “natural” sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria do ministro Celso de Mello.
“Eu não gosto de discutir vaga quando a vaga não existe. É um negócio meio esquisito. Parece que estou aposentando o ministro antes dele se aposentar. Acho que é uma perspectiva que pode ser interessante e natural na minha carreira. Eu venho da magistratura, né? Mas a escolha evidentemente cabe ao presidente da República”, declarou o ministro.
Moro, no entanto, disse que há alternativas ao seu nome, como o advogado-geral da União (AGU), André Mendonça, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira.
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Decano da Corte, Celso de Mello será o primeiro do STF a se aposentar no mandato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em novembro deste ano, quando completará 75 anos e terá de deixar o cargo.
Na entrevista, Moro também descartou sua saída do governo e negou atritos com Bolsonaro diante da possibilidade da recriação do Ministério de Segurança Pública.
“Tem muita gente querendo enfraquecer o governo, me tirando de fora do governo e gerando essas intrigas eleitorais. Não vim aqui para plataforma eleitoral. Primeiro a gente tem que discutir o país aqui agora. A gente tem toda uma agenda a ser realizada no mandato do presidente Bolsonaro até 2022. Ele se colocou como candidato à reeleição e eu, como ministro do governo, tenho que apoiá-lo. Não tem outra alternativa”, garantiu.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.