Ministros de Bolsonaro fizeram 1.060 viagens com aviões da FAB em 2019

Os ministros de Jair Bolsonaro (sem partido) fizeram 1.060 viagens em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) durante o primeiro ano de governo (2019), informa nesta quinta-feira (30) o G1.

No total, as autoridades solicitaram um jatinho da FAB a cada 8 horas e passaram mais de 2 mil horas no ar. O motivo mais frequente para solicitar o uso das aeronaves é “serviço”.

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Na Esplanada dos Ministérios, os recordistas de voos são Osmar Terra (Cidadania), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Salles (Meio Ambiente). Em apenas um ano, Terra fez 113 viagens; Araújo, 104; e Salles, 93. A média é de 48,2 voos por ministério em um ano.

Economia

Em 2019, 20 dos 22 ministros de Bolsonaro registraram voos com aeronaves da FAB, segundo a análise do G1 com base em relatórios oficiais. Apenas os nomes dos ministros do Banco Central e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) não aparecem nos relatórios.

Além dos ministros de Bolsonaro, outras autoridades também fizeram viagens com jatinhos da FAB. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez 250 voos do tipo em 2019. Já o presidente do STF, Dias Toffoli, registrou 96 voos com a FAB em 2019. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), solicitou 56 vezes os voos da FAB naquele ano.

Voos de autoridades
Os voos de autoridades em aeronaves da FAB são autorizados para o vice-presidente da República, para os presidentes do Senado, da Câmara e do STF, para ministros de Estado, para os comandantes das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e para o chefe de Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Os aviões da FAB podem ser solicitados por viagens a serviço, emergência média ou motivo de segurança. Segundo o decreto 8.432 de 2015, o vice-presidente da República e os presidentes da Câmara, do Senado e do STF também podem usar as aeronaves para a cidade de residência.

A FAB publica alguns dados dos voos de autoridades, como o cargo, o dia e o horário do voo, o local de partido e de destino e a previsão de passageiros. Não há, porém, uma lista dos passageiros que estão nas aeronaves nem o nome da autoridade naquele cargo. A FAB também informa que “não cabe a ela apurar se os motivos das solicitações de apoio são efetivamente cumpridos”.