Mesmo com fila, novo dirigente acha que INSS tem servidores de mais

Apesar da fila de 2 milhões de brasileiros que esperam por benefícios, o novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Leonardo Rolim, acha que o órgão tem servidores de mais.

Já o presidente anterior do INSS demitido no início da semana, Renato Rodrigues Vieira, sustentava que o Instituto precisava de um reforço de cerca de 14 mil servidores para colocar em dia a concessão de benefícios.

A diferença de raciocínio está no modelo de assistência social. Rolim diz que a fila de 2 milhões de benefícios surgiu por causa da digitalização dos processos. Antes a fila seria somente nas agências para atendimento. Ora, e quem não tem acesso aos meios digitais foi parar em que fila?

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A digitalização é bem vinda, mas não pode substituir os atendimentos nos balcões, pois muitos Brasileiros não tem condições de estrutura para montar um processo digital. Novamente, os mais carentes são os mais prejudicados.

O fato é que o atraso na concessão de benefícios do INSS e até do Bolsa Família está sendo útil para Bolsonaro e Guedes que pedalam com o que sobra em caixa. E a Dilma foi derrubada por menos que isso.