Governo Bolsonaro sabia do apagão que viria no INSS há 6 meses

O governo Bolsonaro já tinha conhecimento das dimensões dos problemas operacionais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) há pelo menos seis meses.

E pior, o número de trabalhadores extras necessários para reduzir as filas foi estimado em 13,5 mil servidores. Quase o dobro de militares que o governo quer convocar para o atendimento emergencial.

Segundo o Estadão, a informação foi registrada num documento oficial do órgão em julho do ano passado. Bem antes, portanto, da mudança das regras para as aposentadorias.

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A necessidade de mais de 13,5 mil servidores foi reproduzida em uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) concluída no mês passado. “Seriam necessários mais de 13,5 mil servidores para atender a demanda de novos requerimentos no prazo legal, além do estoque apurado”, cita o anexo da resolução, conforme reproduzido no relatório da CGU.

O número fez parte de um estudo interno que embasou a edição uma resolução em julho. De 24 mil servidores do INSS, apenas 3,4 mil (14%) atuavam exclusivamente na análise de benefícios.

Agora, a fila atinge 2 milhões de brasileiros que terão seus benefícios atrasados. Enquanto isso, Bolsonaro vai pedalando com o dinheiro dos trabalhadores, como já fez para pagar o 13° do Bolsa Família.

Com informações do Globo.