França: Milhares em Paris e 216 manifestações contra Macron nesta quinta


Nova jornada de mobilização tomou conta da França nesta quinta-feira (9) contra o projeto de reforma da Previdência do governo Macron. Segundo a CGT, na manifestação de Paris participaram 370 mil pessoas, revelando que a mobilização popular continua forte no 36º dia de mobilizações e greves em defesa das aposentadorias.

O projeto Macron de reforma das pensões pretende aumentar a idade da reforma e nivelar por baixo os diversos sistemas especiais de reforma, que existem na França. O protesto de sindicatos e trabalhadores contra o projeto prolonga-se há 36 dias, com greves em particular nos transportes e em alguns setores da administração pública.

A greve geral desta quinta foi a quarta grande jornada de protesto e foi convocada pelas organizações sindicais CGT, FO (Force Ouvrière), FSU (Fédération Syndicale Unitaire), CFE-CGC (Confédération Française de l’Encadrement), Solidaires (Union syndicale Solidaires), Unef (Union Nationale des Étudiants de France) e UNL (Union Nationale Lycéenne). A CFDT não mobilizou para esta greve geral, ao contrário do que aconteceu em 17 de dezembro passado.

LEIA TAMBÉM:

França: Greves continuam e segue impasse sobre reforma da Previdência

Segundo a CGT, na manifestação de Paris participaram 370 mil pessoas, a maior mobilização de acordo com o balanço da central, pois na jornada de 17 de dezembro terão participado 350 mil e na de 5 de dezembro 250 mil.

Economia

Segundo o líder da CGT, Philippe Martinez, esta quinta-feira realizaram-se “216 manifestações em França, nunca houve tantas”. Simbolicamente, a Torre Eiffel está fechada.

A greve geral teve elevadas adesões nas refinarias (paradas há quatro dias), nos transportes, de professores, médicos e advogados. A greve nas estradas de ferro (SNCF) já é a mais longa da história francesa.

O jornal Le Monde apurou que os protestos tiveram a participação de 220.000 pessoas em Marselha, 120.000 em Toulouse, 30.000 em Rouen, 18.000 em Clermond-Ferrand, 70.000 em Bordéus, 18.000 em Nantes.

*Com informações da Esquerda.Net