EUA x Irã: Assassinato de general iraniano pode acelerar o impeachment de Donald Trump

O assassinato do general Qassem Soleimani, chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária, pelos EUA, fortalece a presença do Irã no Iraque. A avaliação é dos serviços diplomáticos europeus.

De acordo com boletins prévios sobre o ataque aéreo que matou o “herói” iraniano, Donald Trump ajudou as forças de Teerã a consolidar sua presença em Bagdá.

Se antes havia um movimento pela expulsão dos iranianos, agora, após o assassinato de Soleimani, a posição se inverteu: os iraquianos querem a expulsão dos cerca de 5 mil soldados americanos estacionados na região.

A reviravolta político-militar-diplomática, que põe Irã como vítima, também pode significar que Teerã não precise disparar um único tiro para fazer as tropas saírem do Iraque. Os norte-americanos estão no País desde a invasão de 2003.

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Em síntese, analistas internacionais afirmam que Trump foi enganado e pode se dar muito mal com o assassinato de Soleimani. Portanto, o “mau uso” das forças armadas poderá causar, inclusive, o impeachment do presidente dos EUA.

Curiosamente, achava-se inicialmente que o ataque desta madrugada ajudaria Trump a driblar o impeachment, que já foi aprovado na Câmara por 230 votos a 197 no último dia 18 de dezembro de 2019. O processo ainda precisa ser votado no Senado.