Venezuela acusa Bolsonaro por ataque às forças militares bolivarianas

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, pelo Twitter, apontou o dedo para o presidente Jair Bolsonaro num ataque sofrido por militares bolivarianos na fronteira.

Segundo o chanceler venezuelano, mercenários teria se organizado no Peru, receberam apoio no Brasil e entraram na Venezuela via território da Colômbia.

“É uma estratégia do ‘Cartel de Lima‘ para produzir violência, morte e desestabilização política na Venezuela. Denunciamos esses governos ao mundo”, disse Arreaza.

De acordo com o governo bolivariano, houve uma tentativa de assalto à unidade militar na região de Gran Sabana, no estado de Bolívar. “Tem sua base de operações no Peru. As autoridades peruanas são ao menos cúmplices ao permitir que esses terroristas se organizem impunemente”, denunciou.

Pelo menos um militar morreu nas primeiras horas do domingo em um ataque de “setores extremistas da oposição” a uma instalação militar no sul da Venezuela, segundo o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, é um dos entusiastas do ‘Grupo de Lima’, mas o Itamaraty negou hoje a hipótese de envolvimento do governo brasileiro no ataque sofrido ontem por uma unidade militar da Venezuela na fronteira entre os dois países.

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“Atenção povo da Venezuela: na madrugada de hoje, um grupo de terroristas armados atacou uma unidade militar fronteiriça no sul da República. Estes criminosos foram treinados em campos paramilitares plenamente identificados na Colômbia e receberam a colaboração do governo de Jair Bolsonaro”, denunciou o ministro das Comunicações da Venezuela, Jorge Rodríguez.

O ministro informou que seis terroristas foram presos durante a ação defensiva das Força Armada Nacional Bolivariana.

“Destacamos a ação efetiva do nosso glorioso FANB e de nossas forças de segurança, que impediram todas as ações criminais da direita fascista que tentam manchar, sem sucesso, o feliz Natal que todos nós merecemos. Vamos vencer!” escreveu Rodríguez em seu Twitter.

“Mesmo debaixo das pedras, procuraremos os assassinos fugitivos restantes”, prometeu.

Bolsonaro e seu chanceler de extrema-direita, Ernesto Araújo, não se pronunciaram detalhadamente acerca da acusação do governo de Nicolás Maduro.