Presidente extingue a Lava Jato… na Argentina

Presidente Alberto Fernández fulminou a Lava Jato na Argentina: prioridade combate à fome e ao desemprego.
O novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, como primeira medida de governo, extinguiu a força-tarefa da Lava Jato portenha. Segundo o peronista, os esforços e os fundos serão direcionados para o combate à fome e o desemprego no País.

“Esses fundos reservados não apenas deixarão de ser secretos, mas serão realocados para financiar o orçamento do Plano da Fome na Argentina”, antecipou.

O novo mandatário argentino anunciou que a medida contra o estado policial no Dia Internacional dos Direitos Humanos.

“E hoje, novamente, a Argentina está mais uma vez comprometida em respeitar os direitos do homem e em elevar esse compromisso como uma bandeira inflexível em qualquer país do mundo”, disse.

“Nunca mais à uma justiça que é usada para resolver discussões políticas, ou a uma política que judicializa a dissidência para eliminar o adversário em serviço”, discursou Fernández durante cerimônia de posse no Congresso Nacional Argentino.

Em setembro de 2018, numa tentativa de copiar o lawfare promovido pelo então juiz Sérgio Moro, no Brasil, o juiz federal Claudio Bonadio, do país vizinho, pediu a prisão preventiva da senadora Cristina Kirchner, de ex-integrantes do seu governo e de empresários suspeitos de pagar propina e por formação de quadrilha.

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Ação política da Lava Jato argentina visava tirar Cristina no jogo eleitoral deste ano, a exemplo do que foi feito com Lula, mas bateu na trave. Nesta terça-feira (10), Kirchner assumiu o cargo de vice-presidente da República.

Fernández prometeu nunca mais uma justiça contaminada por serviços de inteligência, “operadores judiciais”, procedimentos obscuros e linchamentos da mídia.

“Nunca mais a uma justiça que decida e persiga de acordo com os ventos políticos do poder do dia”, completou.

O presidente Alberto Fernández fez questão de reafirmar no discurso: ‘Digo isso com firmeza de uma decisão profunda: nunca mais é nunca mais.”

Portanto, na Argentina, los hermanos decidiram trocar o fetiche do combate à corrupção pelo efetivo combate à fome crescente no País.

Entanto isso, no Brasil, os brasileiros seguem comendo ovos –porque não têm dinheiro para comprar carne– e aplaudindo Sérgio Moro.

Clique aqui para ler a íntegra do discurso de Alberto Fernández (em espanhol).