A ministra Maria Cristina Peduzzi, eleita presidenta do Tribunal Superior do Trabalho, demostra ser contra as garantias legais que evitam a exploração e a precarização das relações de trabalho.
A magistrada disse em entrevista à Folha de São Paulo que o mundo do trabalho mudou e a lei tem que se adaptar, como se isso fosse uma justificativa para desmontar garantias básicas da relação entre capital e trabalho.
“No mundo todo o comércio abre aos domingos. Vamos acabar qualquer dia desses não distinguindo mais segunda de domingo”, disse ela.
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A ministra assume a presidência do TST em fevereiro de 2020. Ela considera normais a precarização da mão de obra trazidas por plataformas virtuais como o Uber, e acha que a legislação deve se adaptar.
Ou seja, o trabalho intermitente e as garantias quanto à saúde, descanso remunerado, jornada de trabalho, tempo para alimentação e descanso, vão todas para o espaço?
A lógica não seria exigir que as empresas se adaptem à legislação?
Com informações da Folha de São Paulo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.