No Maranhão, Flávio Dino inicia a privatização da Companhia de Gás


O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), conseguiu nesta semana a autorização da Assembleia Legislativa para “alienar a integralidade das ações da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar) que sejam de sua titularidade”, iniciando o processo de privatização da empresa. Atualmente, o Estado controla 51% das ações ordinárias da Gasmar.

Na prática, o governo pode vender todas as suas cotas de participação para empresas privadas da área de exploração de gás. A medida também é um aceno de Flávio Dino ao governo Bolsonaro de sua adesão ao “Novo Mercado de Gás”, um programa pilotado por Paulo Guedes, que não teve a adesão dos estados. Com isso, Dino faz um gesto de boa vontade ao governo federal.

Segundo o projeto aprovado por unanimidade pelos deputados estaduais maranhenses, a receita das vendas dessas ações será revertida para capitalização do deficitário Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (Fepa) “e na quitação de passivos de outros órgãos ou entes estaduais”.

A privatização da Gasmar passou na Assembleia sem maiores resistências por uma manobra de Dino que apresentou a proposta no meio de um projeto de redução da alíquota de ICMS sobre o gás de cozinha e da isenção de pagamento do IPVA para taxistas e mototaxistas.

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A repercussão da medida de Flávio Dino foi negativa entre as forças políticas de esquerda, um desgaste que cresceu após seu apoio ao acordo que entregou a Base de Alcântara aos norte-americanos.

Já o colunista Guilherme Amado, da revista Época, registrou que “Flávio Dino é um comunista que privatiza”.