Governo argentino congela tarifas de luz, gás, água e remédios por 180 dias


O governo de Alberto Fernández enviou nesta terça-feira (17) ao Congresso da Argentina um projeto de lei de emergência pública no qual propõe aumentar os impostos sobre propriedades e a compra de dólares, elevar as tarifas sobre exportações agrícolas e congelar os preços das tarifas de eletricidade, fornecimento de água e gás por 180 dias.

Além disso, anunciou um bônus de 5 mil pesos (cerca de 340 reais) para todos os aposentados, que se pagará ainda nesta semana, e acertou com as câmaras farmacêuticas rebaixar 8% e congelar os preços dos medicamentos.

Algumas das medidas já haviam sido antecipadas pelo governo, mas foram explicadas nesta terça em entrevista concedida pelo novo ministro da Economia, Martín Guzmán. Para ele, a lei promoverá a proteção social, servirá para ativar a economia e é o primeiro passo para resolver a crise que abala o país desde abril do ano passado.

“Todos entendemos o quão difícil é a situação atual, o que foi o crescimento da pobreza, a indigência, os problemas de segurança alimentar e a fome”, disse Guzmán.

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“Houve um fenomenal descalabro do sistema de segurança social nos últimos quatro anos. O que foi feito com os aposentados é grave. O sistema não funciona e desprotege os aposentados e o país como um todo”, acrescentou ainda o titular do Ministério da Economia.

As medidas adotadas em menos de uma semana após a posse do governo da “Frente para Todos” indicam uma nova rota na economia do país, que foi submetido ao neoliberalismo selvagem do ex-presidente Macri nos últimos quatro anos.